dezembro 14, 2024 00:45

EXCLUSIVO: Agências de viagens no AM relatam prejuízos de 100% devido ao Covid-19

As agências de viagens no Amazonas contabilizam prejuízos de 100% por conta das medidas que levaram aos cancelamentos de voos internacionais para evitar a proliferação do coronavírus (Covid-19) na região. O Portal O Poder esteve no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na manhã desta quinta-feira, 26, e constatou o total esvaziamento dos guichês, lojas e portões de embarques e desembarques. (Confira a vídeo reportagem no final da matéria)

O medo das pessoas pelo contagio do Covid-19 era bastante visível, os poucos que estavam no local tentavam se proteger como podiam, usando máscara ou utilizando álcool em gel. O cenário era muito diferente dos vistos no ano passado.

Aeroporto Internacional Eduardo Gomes praticamente esvaziado nesta quinta-feira, 26

De acordo com o vice-presidente da Associação de Agências de Viagens (Abav), Jaime Mendonça, toda cadeia turística foi paralisada, apenas algumas agências estão promovendo voos de repatriação. “Voando regularmente ninguém está, sem contar que os voos nacionais estão reduzidos. As agências de viagens estão todas paradas, foi 100% de perda”, afirma Mendonça.

O dirigente explicou que a briga entre os poderes estadual e federal vem afetando ainda mais a busca de uma saída para o problema econômico em todos os setores. “Se isso continuar por mais de dois meses, veremos muitas empresas quebrando. Outro cenário que temos é que julho não existirá férias escolares, logo, não teremos procuras por viagens”, ressaltou o vice-presidente da Abav.

O executivo da Acram Turismo, Acram Isper, explicou que faz mais de 15 dias que parou tudo, que os voos colocados são apenas os voos de repatriação. “Manaus está ilhada, pois, a American Airlines cancelou e foi fechada a entrada no aeroporto de Panamá. Então, não tem como fazer conexão. Se tiver de sair para alguma obrigação médica, tem que ir até São Paulo, o único polo que tem um ou dois voos que saem para os Estados Unidos e Europa, mesmo assim, esses países não estão recebendo ninguém, quando chegam lá, ficam em quarentena”, informou.

O empresário disse, ainda, que o prejuízo com os voos cancelados envolve a todos os grupos de hotelarias, restaurantes de diversos setores. “A Disney está fechada, Las Vegas está fechada. Mas, acho que esse é o caminho, pois, o tamanho desse vírus, é quarentena para todo mundo, isolamento total”, completou.

Medidas

A Infraero esclareceu que mesmo com a suspensão de todos os voos internacionais a partir da desta terça-feira, 24, o Aeroporto de Manaus segue implementando uma série de medidas para garantir a segurança dos passageiros e empregados no combate à pandemia do Covid-19. As ações estão em consonância com as diretrizes do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de órgãos estaduais e municipais.

Segundo a Infraero, nesta semana, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) começou a orientar os passageiros desembarcados na capital amazonense sobre os sintomas do Covid-19 e o terminal também adotou todos os protocolos de higienização e segurança de passageiros e funcionários, intensificando a limpeza de áreas comuns do aeroporto, em especial banheiros, cadeiras de rodas, ambulifts, botões de elevadores, maçanetas e corrimões. Também ampliou a disponibilização de itens de higiene, como sabão, papel toalha e álcool em gel em todo o terminal, tanto para passageiros como para os profissionais que trabalham no aeroporto.

De modo preventivo, conforme a Infraero, apenas os estabelecimentos alimentícios dentro da sala de embarque estão em funcionamento. Todos os demais estabelecimentos do terminal amazonense encontram-se fechados.

Funcionamento do aeroporto

Diante da pandemia do novo coronavírus, Covid-19, a Infraero informou que o Aeroporto de Manaus segue operando normalmente, sem interrupção na prestação de serviço aeroportuário, conforme as normas do setor.

“Isso ocorre porque o transporte aéreo é fundamental para o deslocamento, por exemplo, de órgãos para transplante, equipes médicas, além da movimentação de mercadorias e equipamentos médicos”, afirmou o presidente da empresa, Brigadeiro Paes de Barros.

O presidente da Infraero lembrou ainda que, considerando o nível de controle dos aeroportos, os equipamentos têm sido requisitados para que sirvam como pontos de apoio para governos estaduais e municipais, por exemplo, na triagem de pessoas possivelmente infectadas. “A Infraero sempre teve uma relação de parceria com as administrações públicas locais, o que não seria diferente, neste momento, em que temos que nos unir no combate ao Covid”, afirmou Paes de Barros.

Conforme o presidente da Infraero, conforme a Constituição Federal, aeroportos são bens públicos da União Federal, atendendo a interesse de toda a Nação, além das localidades imediatamente servidas. Visando o interesse público, cabe à União decidir sobre mudanças nas operações de aeroportos e fechamento de fronteiras.

Orientações a passageiros

Desde o dia 24 de janeiro, o terminal está veiculando avisos sonoros da Anvisa em quatro idiomas, sobre cuidados relativos à higienização de mãos, distanciamento entre pessoas, e demais orientações de prevenção ao Covid-19. Nesse sentido, também estão sendo veiculados vídeos de orientação do Ministério da Saúde e da Infraero nas telas do Sistema de Informação de Voos, bem como mídias aeroportuárias.

A Infraero explicou que dispõe de uma Sala de Crise, ancorada pela área de Operações da empresa, para aplicação de medidas nos aeroportos administrados pela empresa de forma alinhada estrategicamente com Anvisa e demais órgãos competentes.

Veja vídeo:

 

Henderson Martins, para O Poder

Fotos e vídeo: Hariel Fontenelle/O Poder

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