outubro 22, 2024 22:26

Adiamento da eleição 2020 começa a ganhar eco entre prefeitos do AM

A possibilidade do adiamento das eleições municipais deste ano – por causa do coronavírus e das medidas restritivas para evitar o avanço da doença – começa a ganhar apoiadores entre diversos políticos, que pressiona o Tribunal Superior Tribunal (TSE) a tomar uma posição e já encontra eco no Amazonas, principalmente entre prefeitos do interior.

O prefeito de  Parintins, Frank Bi Garcia (DEM), por exemplo, defende a transferência do pleito, pois na sua avaliação com os casos de Covid-19 aumentando em todo o Brasil, a maior prioridade este ano dos governantes têm que ser salvar vidas.

Bi Garcia disse que vem acompanhado o debate a nível nacional entre deputados federais, senadores e o próprio Judiciário eleitoral, e acredita que devido essa pandemia existe a necessidade e transferir as eleições.

“Hoje eleição é o que menos interessa para o Brasil e todo mundo tem que estar focado realmente em eliminar a proliferação desse vírus que está matando no mundo inteiro. Já existe até a possibilidade de prorrogar mandatos de prefeitos e vereadores. Eu particularmente sou favorável, apenas a transferência da data da eleição”, afirmou.

O prefeito de Santo Antônio do Iça, Abrahão Lasmar (PSD), também é a favor que este ano não aconteça eleições municipais. Abrahão acredita que os anos de 2021 e 2022 serão difíceis para os próximos prefeitos que podem assumir prefeituras quebradas por causa da crise econômica causada pelo coronavírus.

“O momento que nós estamos passando não é para ter eleições este ano. Eu sempre fui a favor de unificar as eleições, para que duas eleições de quatro em quatro anos? Os prefeitos que assumirem no ano que vem vão passar por uma situação difícil porque não tem recursos em todos os sentidos. Vai ser uma das piores administrações em 2021 e 2022”, prevê.

Na avaliação de Abrahão, o Brasil está passando por uma situação econômica difícil e isso vai começar a refletir na economia a partir do próximo ano.

“O mais acertado era pegar o dinheiro da eleição e gastar no coronavírus. Vamos esquecer a política e pensar na população. Como as pessoas vão para as ruas se temos que evitar aglomerações e o país não está preparado não tem equipamentos de proteção. Seria uma irresponsabilidade”, questionou.

O prefeito ainda criticou as pessoas que colocam a culpa da crise na economia do país nós prefeitos e governadores porque estão impedindo as pessoas de voltarem ao trabalho.

“Os prefeitos e governadores precisam de receita se o país quebrar não tem recursos. E quem vai sofrer as conseqüências é quem está administrando. Como é que vai pagar os servidores? Manter a limpeza pública, saúde e educação, senão tiver receita? Como é que as pessoas ainda acham que estamos torcendo para não dar certo. O que queremos é preservar a vida das pessoas”, concluiu.

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

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