Por meio de nota divulgada na noite desta segunda-feira, 15, o governador Wilson Lima (PSC) afirmou que vai tomar providências legais para que a conduta do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ari Moutinho Júnior, seja apurada e punida. Ari, durante audiência pública virtual na tarde de ontem, em que se discutia a abertura do mercado do gás natural no Estado, se alterou e chamou o governador e diretores da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), de “bandidos, canalhas e ladrões”.
Em uma das declarações de Moutinho, ele chamou ainda Wilson de “analfabeto, imbecil, ladrão”. “Um homem que consegue transformar vinho em respirador. Rindo, dançando na cara do povo amazonense”, afirmou. Ele também não poupou os diretores da companhia de gás, se referindo ao diretor Renê Levy.
“Essa quadrilha que vendeu o Banco do Estado do Amazonas lá atrás, que vendeu a Cosama (Companhia de Saneamento do Amazonas) tem as mesmas digitais desses bandidos na Cigás. Basta! O Estado do Amazonas não aguenta mais. E não venha chorar depois, senhor Renê Levy, dizendo que o senhor não sabia como o senhor fez na região metropolitana”, alfinetou.
Ainda no campo das ofensas, Moutinho afirmou que Wilson é o “chefe da quadrilha” e acrescentou que o governador é “cleptomaníaco”, e que está sendo investigado pela Procuradoria-Geral da República.
De acordo com a nota, Wilson Lima afirma que tomou conhecimento das acusações ontem à tarde e que vai adotar as medidas legais cabíveis.
Confira a íntegra a nota do governador
Nota
Tomei conhecimento na tarde de hoje do pronunciamento do Conselheiro do TCE-AM Ari Jorge Moutinho da Costa Jr durante audiência pública virtual realizada pela Assembleia Legislativa.
Repudio veementemente as acusações a mim proferidas. A postura é absolutamente inadequada a liturgia que deve ser seguida no exercício do cargo por ele ocupado.
A democracia permite idéias divergentes, mas são inadmissíveis ataques a honra de quem quer que seja. Não é um ataque vil ao cidadão Wilson Lima. É uma ofensa grave ao cargo de governador constituído democraticamente pelo povo.
Deixo registrado aqui que tomarei todas as providencias legais cabíveis para que tal conduta seja apurada e punida pela Justiça.”
Augusto Costa, para O Poder
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