Após o depoimento do procurador da empresa Norte Serviços Médicos Eireli, Carlos Henrique Alecrim Jonh, na tarde desta quarta-feira, 1º, na CPI da Saúde, o presidente do colegiado, deputado Péricles (PSL), informou que vai requerer à Receita Federal informações sobre origem dos R$ 5 milhões pagos pela atual proprietária da empresa, responsável pela lavanderia do Hospital de Campanha da Nilton Lins, ao antigo proprietário.
A empresa Norte Serviços está sendo investigada peça CPI por ter afirmado que lavou quatro toneladas de roupas de apenas quatro pacientes que estavam internados no Hospital de Campanha Nilton Lins.
“Há fortes indícios de ilegalidades e superfaturamento nos serviços prestados por essa empresa que, inclusive, já foi beneficiada por outros inúmeros processos indenizatórios na esfera pública. Queremos informações sobre essa empresa, saber o que a Receita pode nos fornecer de dados que esclareçam ainda mais essa situação”, afirmou.
De acordo com Péricles, a empresa ainda deverá nos próximos dias esclarecer questões quanto a sua capacidade para atender a demanda da lavagem de roupas, mas também como sempre é diretamente beneficiada pelo governo do Estado para os mais diferentes tipos de serviços prestados, processos que vão de jardinagem a serviços médicos.
“Há claramente indícios de que há alguém por trás de tantos donos, que os altera de acordo com necessidade, mas que detém de fato toda a influência, poder de negociação e verba. Vamos apurar isso. O senhor Carlos deve ser chamado outras vezes. É surpreendente e suspeita a quantidade de qualificações que essa empresa alega ter para prestar tantos e diferente serviços e sempre ser a escolhida”, disse o deputado.
Ainda foi ouvido hoje o presidente do Hospital Beneficente Portuguesa, Vitor Vilhena Gonçalo Silva. A oitiva do superintende do Hospital Universitário Getúlio Vargas, Júlio Mário de Melo, foi suspensa por motivos técnicos na transmissão. Na próxima sexta- feira, 3, às 10h, será a vez da consultora de imagem, Carla Pollake da Silva, prestar depoimento.
Augusto Costa, para o Poder
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