janeiro 6, 2025 16:49

Advogados dos presos da ‘Sangria’ se queixam da falta de acesso aos clientes

Os advogados dos presos na Operação Sangria, da Polícia Federal, deflagrada na terça-feira, 30, se queixam que não estão tendo acesso aos seus clientes nas unidades prisionais para onde foram levados: os complexos de detenção provisório feminino e masculino (CDPF) e (CDPM). A denúncia foi feita nesta quinta-feira, 2, pelo deputado estadual Dermilson Chagas (Podemos), durante a sessão virtual da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).

“Uma coisa que está me causando estranheza é que os advogados não estão tendo acesso aos seus clientes que foram presos na Operação Sangria. E a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) é controlada pelo Estado e pela Secretaria de Segurança e os advogados não conseguem falar com os presos. É uma coisa duvidosa o que esses presos estão passando lá dentro?”, questionou.

Dermilson afirmou que até a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM), estaria com dificuldades de agendar a visita dos advogados aos seus clientes.

“É de estranhar que nem a OAB consegue acessar os seus clientes que estão presos. Então tem coisas erradas nesse processo que precisa vir à tona. Mediante tudo isso estamos vendo uma avalanche de denúncias”, afirmou.

A ação da Polícia Federal cumpriu mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) sendo 20 mandados de busca e apreensão e oito de prisão temporária. No inquérito existem provas e indícios revelando o desvio de recursos públicos federais os quais eram destinados ao sistema estadual de saúde em razão da pandemia causada pelo novo coronavírus.

Entre os mandados de prisão temporária estão: João Paulo Marques dos Santos e Perseverando Trindade Garcia, ex-integrantes da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), além da secretária titular da pasta Simone Papaiz que também foi alvo da prisão temporária.

OAB esclarece

A reportagem de O Poder procurou o presidente da OAB-AM, Marco Choy, para saber mais detalhes sobre as denúncias dos advogados e ele explicou que, devido à pandemia do novo coronavírus, as visitas presencias e o parlatório (conversa informal) estão suspensas.

“Na realidade, os parlatórios físicos estão suspensos desde o início da pandemia, até por receio de contaminação da população carcerária. Os presos são acessíveis para parlatório – com o advogado – por meio do parlatório virtual. O agendamento acontece com no mínimo 24 horas de antecedência na própria OAB”, explicou.

Choy afirmou que os advogados dos presos nessa operação não agendaram com antecedência a visita aos seus clientes. “Ocorre que os advogados dos presos nessa operação agendaram na data de ontem (quarta-feira) os parlatórios. E as visitas devem ser realizadas na data de hoje. Estamos cobrando da Seap agilidade nesse agendamento”, disse o dirigente.

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

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