fevereiro 22, 2025 11:53

Mesmo com ‘favoritos’, pesquisa Pontual mostra alto índice de eleitores indecisos e incrédulos

A rejeição entre os pretensos candidatos à Prefeitura de Manaus, conforme pesquisa divulgada pelo Instituto Pontual, nesta segunda-feira, 6, se mostra maior que o favoritismo na disputa do pleito. Entre os eleitores entrevistados, 18,1% rejeitam todos os candidatos apresentados e, 21,1%, consideram votar em branco ou nulo nesta eleição.

Entre os três pré-candidatos com maior índice de rejeição estão o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB), com 17,9%, o ex-deputado federal Alfredo Nascimento (PL), com 17,4% e, o ex-governador Amazonino Mendes (Podemos), com 14,0%. Amazonino aparece como primeiro colocado na pesquisa estimulada, com 29,9% da preferência do eleitorado.

O deputado federal José Ricardo (PT) com 5,2% ficou em quarto lugar no índice de rejeição, seguido por David Almeida (Avante) com 4,2%, Josué Neto (PRTB) com 3,7%, Débora Mafra (PSC) com 2,0%, Ricardo Nicolau (PSD) com 1,2%, Romero Reis (Novo) com 1,0% e capitão Alberto Neto (Republicanos) com 0,7%.

‘Fórmulas de rejeição’

Para o advogado e cientista político Carlos Santiago, existem duas fórmulas de identificar a rejeição de um político: a primeira, está relacionada a experiência que a população teve com esses gestores, onde o critério de rejeição é estabelecido devido a atuação desses políticos quando estiveram à frente da gestão pública.

O especialista citou três nomes como exemplo. “Alfredo Nascimento (PL), durante sua passagem pelo Ministério dos Transportes, deixou a imagem de um gestor ausente. Amazonino Mendes (Podemos), é visualizado pelo eleitor como alguém preste a comentar alguma irregularidade e é rodeado de escândalos, já o Serafim Corrêa (PSB), é visto como alguém com uma gestão ineficiente”, explicou o cientista político.

Outra fórmula do eleitor rejeitar o pretenso candidato, segundo o especialista, tem relação com a falta de conhecimento dos novos nomes que surgem durante a disputa do pleito. “É a chamada rejeição pelo desconhecimento. Uma pessoa não vai aprovar alguém que não conhece”, disse o especialista.

Cenário

De acordo com o especialista, uma rejeição só pode ser modificada com dois aspectos:

1º Quando uma atual administração consegue ser pior que a gestão anterior, daquilo que está sendo colocado na visão do eleitor.

2º Apresentando uma autocrítica, e investindo no marketing pessoal desse político.

“Outro aspecto é trabalhar um marketing, no sentido de explicar para o eleitor, tentar fazer com que o eleitor perceba que aqueles defeitos, atitudes são possíveis de serem sanáveis. Explicando pontos que foram identificados como rejeição para explicar que aquela informação ou ato, não foram tão equivocados ou negativos quanto está na cabeça do eleitor”, salientou Carlos Santiago.

Segundo o especialista, na medida que o pretenso candidato se apresentar como uma pessoa que faça uma autocrítica, sempre melhorando a imagem e o perfil perante o eleitor, se colocando uma pessoa mais dinâmica, isso diminuirá esses aspectos de rejeição”, analisou.

‘Tudo pode mudar’

O também advogado e cientista político Helso Ribeiro, explicou que é importante destacar que cada pesquisa reflete o momento e que tudo pode mudar e até ser a tendência no mês de novembro, quando ocorre as eleições municipais.

Conforme o especialista, a pesquisa mostra que os três primeiros colocados têm uma rejeição empatada e relação aos outros pretensos candidatos. “Isso mostra o espaço que o candidato possa crescer ou não. A pesquisa de hoje está mostrando um número limite para o Amazonino (Podemos) e o que podemos observar é que o deputado federal capitão Alberto Neto (Republicanos), tem possibilidade de crescimento, mas, saliento, isso pode ser o momento”, destacou o pesquisador.

Na sua avaliação, muita coisa pode mudar, levando em consideração que ainda não se sabe quem são os candidatos apoiados pelo atual prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB) e também pelo governador Wilson Lima (PSC).

Helso Ribeiro explicou que no Amazonas tem algo bastante marcante, que é relacionado ao fator de quem perde e quem ganha uma eleição anterior. “Arthur perdeu eleição no Senador para Vanessa Grazziotin (PCdoB) e voltou forte nas eleições municipais, lavrando êxito. Já o Amazonino perdeu a eleições para o Wilson Lima e agora apresenta força à Prefeitura de Manaus”, ressaltou o cientista político.

 

 

 

 

Henderson Martins, para O Poder

Foto: Divulgação

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