O comércio e a indústria do Amazonas apresentaram, em maio, crescimento de 13,2% e 17,3%, respectivamente, segundo pesquisa mensal apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira, 8. Na comparação com abril de 2020, a indústria amazonense registrou, em maio, resultado superior à média nacional (7,0%), já o volume de venda do comércio amazonense, em maio, cresceu em relação ao mês anterior (abril).
O indicador mostra que houve pequena melhora nas vendas, uma vez que em abril a queda foi de -15,6%. Mas, na comparação com maio do ano passado, a queda nas vendas do varejo atingiu -12,4%; indicando que a recuperação de maio sobre abril ainda é incipiente. Com isso, o acumulado do ano reduziu para -3,6%, agravando ainda mais o desempenho negativo do comércio em 2020. Peças, veículos e material de construção tiveram bom desempenho no mês, e cresceram 17,8%, em relação ao mês anterior.
Conforme o IBGE, em maio, o volume de vendas do comércio varejista amazonense subiu 13,2%, frente a abril, na série com ajuste sazonal. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o comércio varejista no Amazonas foi negativo (-12,4%). No acumulado do ano, o setor apresentou queda (-3,6%) em relação ao mesmo período do ano anterior. Já no acumulado dos últimos doze meses, o indicador alcançou 6,1%.
De acordo com o supervisor de informações do IBGE, Adjalma Nogueira Jaques, na principal comparação, em relação ao mês anterior, houve melhora. Haja vista a queda em abril (-15,6%). Mas, na comparação com maio do ano passado, o indicador continuou regredindo (-12,4%), indicando que a melhora é referente ao curto prazo de abril para maio.
Adjalma Nogueira disse que a variação percentual que compara o volume de vendas do mês atual com o mês anterior, de 13,2%, obtida em maio de 2020, colocou o comércio varejista do Estado do Amazonas na posição intermediária entre as outras unidades da federação (13º). Os piores desempenhos foram os do Pará, com 0,9%, Distrito Federal, com 3,9%, e Rio Grande do Norte, com 5,7%. E os melhores desempenhos foram os de: Rondônia, com 36,8%, Paraná, com 20,0% e Goiás, com 19,4%.
“A variação percentual acumulada no ano, que compara o volume de vendas do mês atual com o mesmo mês do ano anterior, de -3,6% obtida em maio de 2020, colocou o comércio varejista do Estado do Amazonas também na posição intermediária entre as outras unidades da federação (9º). Os piores desempenhos foram os do Ceará, com -17,8%, Amapá, com -17,4% e Rondônia, com -17,0%. E os melhores desempenhos foram os dos Estados do: Mato Grosso, com 2,0%, Santa Catarina, com 0,0%, portanto, sem variação, e Tocantins, com -0,3%, uma pequena variação negativa”, explicou o supervisor de informações do IBGE.
Segundo Adjalma, em maio, a receita nominal de vendas do comércio varejista amazonense, que não sofre a influência da inflação em seu cálculo, subiu 12,1%, frente a abril, na série com ajuste sazonal. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a receita do comércio varejista no Amazonas caiu (-7,9%). No acumulado do ano, a receita apresentou crescimento de 3,0% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já no acumulado dos últimos doze meses, o indicador alcançou 10,8%.
Indústria
Em relação a indústria amazonense, Adjalma disse que o crescimento pode refletir em grande medida o retorno à produção (mesmo que parcialmente) de unidades produtivas, após as paralisações/interrupções da produção ocorridas em várias unidades produtivas em função dos efeitos causados pela pandemia da Covid-19.
“No entanto, quando se compara a produção industrial de maio de 2020 com o mesmo mês do ano anterior, observa-se um resultado negativo de -47,3%. No acumulado do ano, período de janeiro a maio de 2020, houve retração para -20,7%, se comparado ao resultado do mesmo período de 2019”, salientou o supervisor de informações do IBGE.
Conforme o supervisor de informações do IBGE, estes fortes recuos que fazem comparações com o ano de 2019 refletem o agravamento dos efeitos do isolamento social em função da pandemia da Covid-19, que afetou o processo de produção em várias unidades produtivas no país, incluindo o Amazonas. A consequência é a clara diminuição do ritmo da produção, evidenciando o aprofundamento das paralisações ocorridas em diversas plantas industriais, fruto, especialmente, do movimento de isolamento social.
“O desempenho da indústria amazonense de 17,3%, em maio, com relação ao mês anterior, foi um dos melhores em relação às outras unidades da federação. Os piores desempenhos foram os do Espírito Santo, com -7,8%, do Pará, -0,8%, e Ceará, com -0,8%. Os melhores desempenhos foram os do Paraná, com 24,1%, de Pernambuco, com 20,5%, e do Amazonas, com 17,3%”, disse.
Negativo
Adjalma Nogueira disse que desempenho negativo (-47,3%) da indústria amazonense em maio de 2020, em comparação com maio de 2019, colocou o Estado do Amazonas na penúltima posição entre as outras unidades da federação. O único desempenho positivo foi em Goiás, com 1,5%. As outras unidades da federação tiveram resultado negativo. Os piores desempenhos foram os do Ceará, com 50,8%, Amazonas, com -47,3%, e Espírito Santo, com -31,7%.
Variação anual
Conforme Adjalma Nogueira, em relação ao desempenho acumulado no período de janeiro a abril de 2020, a produção industrial amazonense apresentou valor de -20,7% em comparação com o mesmo período de 2019. Os resultados positivos foram os do Rio de Janeiro, com 2,8%, e o do Pará, com 0,9%. Os piores desempenhos foram os do Ceará, com -21,8%, do Amazonas, com -20,7% e do Espírito Santo, com -18,5%.
Da Redação O Poder
Com informações do IBGE-AM
Foto: Divulgação