Pelo terceiro dia consecutivo, o projeto que regulariza o mercado do gás natural no Amazonas voltou a polemizar na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) com a cobrança, por parte do presidente casa, deputado Josué Neto (PRTB), para que o governo envie o anteprojeto de lei do gás para ser votado no Parlamento e críticas à Companhia de Gás do Amazonas (Cigás).
Josué também criticou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Jório Veiga, que afirma que o prazo para o envio do projeto de lei é até setembro, enquanto a Aleam defende uma votação urgente.
“A lei que vai garantir a participação do leilão só vai ficar pronta em setembro. O governador prometeu a lei em janeiro e agora só em setembro. Esse é o mundo de Nárnia do Amazonas. Pra continuar no mundo de Nárnia, o secretário (Jório Veiga) disse ontem que recebeu uma cópia do projeto. Ele diz abre aspas “não sei se o deputado Sinésio entregou o projeto ao governador”. Ele desdenha. Ele não está preocupado com isso. Diz mais que o prazo é de 120 dias e que a falta do projeto não vai prejudicar o leilão. É que no mundo de Nárnia setembro é na frente de agosto”, ironizou.
Josué ainda afirmou que desde quando o relator do projeto do gás na Comissão Especial de Estudos do governo, deputado Sinésio Campos (PT) distribuiu a minuta da lei a comissão se acovardou e não se reúne mais.
Num aparte, o deputado delegado Péricles (PSL) afirmou que todos os deputados estão esperando uma manifestação mais eficaz do governo. “Já teve tempo suficiente para apresentar um projeto do governo. Se eles querem a quebra do monopólio. Isso é um desrespeito com essa casa e com um colega que teve todo o trabalho para apresentar a minuta do projeto”, finalizou.
Augusto Costa, para o Poder
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