Pela primeira vez em quatro meses, o desmatamento na Amazônia brasileira aumentou 50% em outubro, em relação ao ano anterior, subindo para 836 quilômetros quadrados, de acordo com dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O levantamento foi publicado nesta sexta-feira, 13. O monitoramento é feito pelo sistema Prodes do Inpe, que compara imagens de satélite do final de julho de 2020 com as do início de agosto de 2019 para detectar desmatamentos.
Porém, mensalmente o desmatamento apresentou queda em relação ao pico registrado de julho a setembro, com o início da estação chuvosa, o que dificulta a extração de madeira.
De acordo com o Inpe, o desmatamento caiu 6% nos primeiros 10 meses de 2020, em comparação com o mesmo período do ano anterior, indo para 7.899 quilômetros quadrados.
Segundo pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), o Prodes deve mostrar um aumento dramático no desmatamento, para mais de 14 mil quilômetros quadrados desmatados em 2020, em comparação com os 10.129 quilômetros quadrados de 2019. Esse provavelmente seria o maior desmatamento desde 2006.
Outros dados do Inpe também mostram que os incêndios, que normalmente são feitos para limpar terras para uso agrícola após o corte das árvores, aumentaram 20% na Amazônia entre 1º de janeiro e 12 de novembro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o que representa o maior número de incêndios em uma década.
Conteúdo: Reuters
Foto: Ibama/ Fotos Públicas