A terceira fase da Operação Sangria, deflagrada na manhã desta segunda-feira, 30, pela Polícia Federal, em conjunto com Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF), é um desdobramento que apura o pagamento de R$ 191 mil para o transporte de 19 respiradores pelo governo do Estado do Amazonas, frete que deveria ter sido custeado pela empresa fornecedora dos referidos equipamentos.
De acordo com a CGU, a primeira fase da operação verificou um superfaturamento de aproximadamente R$ 500 mil pela compra de 28 respiradores de uma empresa comercializadora de vinhos. Na segunda fase da operação foram realizadas buscas e apreensões para verificar a atuação de agentes públicos e empresários que teriam participado do processo de aquisição.
“A terceira fase da Operação Sangria decorre de investigações que identificaram irregularidades no pagamento de R$ 191 mil para o transporte de 19 respiradores pelo governo do Estado do Amazonas, frete que deveria ter sido custeado pela empresa fornecedora dos equipamentos”, ressaltou a CGU.
Conforme a CGU, até o mês de novembro de 2020, o Amazonas havia recebido R$ 185.513.318,09, repassados pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS), para combate à Covid-19. O desvio de recursos que deveriam ser utilizados para aquela finalidade repercute negativamente no tratamento das pessoas atingidas pela pandemia, podendo contribuir para o aumento de óbitos.
“A terceira fase da Operação Sangria consiste no cumprimento de 4 mandados de busca e apreensão no município de Manaus (AM). O trabalho conta a participação de 4 auditores da CGU e de aproximadamente 30 policiais federais”, finalizou a controladoria.
Henderson Martins, para O Poder
Com informações da CGU
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