outubro 6, 2024 03:31

Pazuello não confirma data, mas autoridades locais esperam receber 160 mil doses da vacina dia 20

A expectativa por parte das autoridades amazonenses é que o governo federal, por meio do Ministério da Saúde (MS), esteja enviando até o dia 20 deste mês, as primeiras 160 mil doses da vacina contra a Covid-19. O governo do Estado aguarda até o final do ano, uma quantidade de 1,1 milhão de doses.

A informação foi repassada pelo prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), nesta segunda-feira, 11, após visita do ministro da Saúde, Eduardo Pauzello ao Amazonas.

De acordo com o prefeito de Manaus, a vacina contra a Covid seguirá por etapas.

“Teremos um tempo de 15 a 20 dias para receber as vacinas, porém, a escassez na oferta da vacina faz com que essa imunização dure por algum tempo. Eu acredito que durante todo o ano de 2021 estaremos falando sobre a imunização das pessoas”, disse o prefeito.

David explicou que a vacinação vai seguir da seguinte forma: o governo federal vai adquirir as vacinas, que vai distribuir para os Estados que, por sua vez, distribuem para os municípios, esses, que têm a expertise da vacinação.

“Nós já estamos nos preparando e nos próximos dias já iremos divulgar os nossos planos de vacinação e vamos estar, certamente, trabalhando para fazer a imunização da população”, ressaltou o prefeito.

De acordo com o governador Wilson Lima (PSC), ao longo do ano, o Amazonas irá receber as doses para imunização do grupo prioritário, que será dividido para os municípios de acordo com a população.

“O ministro Pazuello já deixou claro que até o dia 20 iremos receber o primeiro lote de vacinação”, enfatizou o governador.

A reportagem do Portal O Poder, conversou com a assessoria do ministro Pazuello, onde foi informado que o ministério ainda não tem números fechados sobre a distribuição das vacinas. Que o quantitativo de distribuição será totalizando quando estiverem com as doses em mãos.

Compra

De acordo com o ministro, o Brasil já tem contratado 354 milhões de doses de vacina (empenho-liquidação-pagamento), de três caminhos, sendo um da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que usa a mesma tecnologia da Astransine, e permitirá a aquisição de 100 milhões de doses da vacina até junho e 110 milhões até dezembro.

“São 210 milhões de doses já contratadas. Essa é nossa maior estrutura”, ressaltou o ministro.

Conforme Eduardo Pazuello, as 210 milhões de doses de vacina começam a ser produzidas no final de janeiro, mas, o governo federal está fechando a importação de dois milhões de doses já para janeiro da fábrica da Astransine na Índia.

“Lá eles já têm a autorização de uso emergencial. Isso facilita a manobra da Anvisa, mas, não resolve. A Agência Sanitária precisa de todos os documentos e cumprir o prazo de análise para poder dar a entrega”, ressaltou o ministro.

Sobre o Butantan, o ministro ressaltou que o governo gederal nunca deixou de negociar com o Instituto para o desenvolvimento da vacina contra a Covid-19. “A nossa conversa é técnica com o Butantan para comprar a vacina quando estiver registrada e garantida a segurança e eficácia pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ou de uso emergencial”, disse o ministro.

Pazuello explicou que o Butantan já tem seis milhões de doses contra a covid importadas da Sinovac (Chinesa), e já tem algo no volume de dois milhões de doses produzidas.

“Não são 40 milhões. São 2,8 milhões de doses já produzidas. Já tem o pedido de autorização emergencial dessas seis milhões importadas. É isso que a Anvisa vem discutindo, a autorização emergencial dessas seis milhões de doses das vacinas importadas e fabricadas na Sinovac. Onde está a dificuldade? Não há registro na China nem autorização para o uso emergencial da vacina”, explicou o ministro.

Segundo Pazuello, das 2,8 milhões de doses produzidas pelo Butantan, ainda não se tem o pedido de uso emergencial, até pelo fato de o instituto está esperando a produção do lote maior para pedir a autorização.

“Nós contratamos 100 milhões de doses e estamos tentando receber as primeiras seis milhões de doses”, disse Eduardo Pazuello.

Rússia

Sobre a vacina da Sputnik, da Rússia, o ministro explicou que é uma negociação com uma empresa privada, onde o governo Federal está no país negociando uma importação de uma primeira etapa e a Anvisa está recendo a documentação, mas, mesmo com todo diálogo, o processo deverá demorar um prazo de 90 dias, elevando para abril ou maio.

“No caso da Sputnik, só fiz o memorando de entendimento para 50 milhões de doses, quando andar um pouco mais iremos apresentar um contrato. A empresa privada está tentando importar algumas doses da Rússia e solicitar a autorização de usos emergencial. Se isso tudo acontecer, em janeiro ou fevereiro teremos 2 ou 4 milhões de doses da vacina russa. Se a Anvisa garantir a eficácia de segurança”, completou o ministro.

O ministro falou, ainda, de outras três vacinas, da Janssen, da Johnson & Johnson, a Moderna (Americana) e a vacina Pfizer de uma parceria americana. “A Janssen, na nossa análise é a melhor de todas, tecnicamente boa, até logisticamente e de negociação, mas, essa vacina só será entregue no segundo semestre em números de 3 milhões, que não dá meia cidade do Rio de Janeiro, mas, vou comprar mesmo assim”, ressaltou o ministro.

Eduardo Pazzuelo explicou que a vacina da Moderna também é muito boa, mas, custa US$ 37 dólares a dose. “Para vocês compreenderem, a Astransine custa US$ 3,75 dólares. Ou seja, 10 vezes o preço. Eu disse tudo bem, quero, mas, eles só entregam em outubro de 2021 e um total entre 5 a 6 milhões de doses. Aí fica difícil de discutir. Senhores, essa é a verdade. Vacinas não são produzidas no Brasil e as quantidades são pífias para o nosso país”, ressaltou o ministro.

Sobre a vacina da Pfizer, o ministro comentou sobre a isenção dos efeitos colaterais de ‘hoje até o infinito’, sobre a Justiça brasileira abrindo mão de qualquer ação judicial contra a empresa. “Um deposito para futuras ações no exterior e outras possíveis que não vou explicar mais. Mesmo assim, aceitei, no entanto, seriam 500 mil doses em janeiro, 500 mil em fevereiro e 1 milhão em março, com todos esses fatores. Então, ficou difícil as vacinas importadas”, disse Pazzuelo.

Produção

O ministro ressaltou que se o Brasil não produzir suas vacinas, não irá vacinar o povo. “Se somar todas as vacinas importadas não conseguiríamos vacinar uma cidade”, concluiu Pazuello.

 

Henderson Martins, para O Poder
Foto: Divulgação

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