Dezenas de milhares de pessoas participaram de manifestações em Myanmar nesse domingo,7, para denunciar o golpe de Estado da última semana e exigir a libertação da líder eleita do país, Aung San Suu Kyi.
São os maiores protestos desde a Revolução do Açafrão de 2007, que ajudou a levar reformas democráticas ao país.
No segundo dia de protestos generalizados, as ruas da maior cidade, Yangon, tinham pessoas com camisetas e bandeiras vermelhas, cor do Partido Liga Nacional pela Democracia (NLD), de Suu Kyi.
“Nós não queremos ditadura militar! Queremos democracia!”, diziam os manifestantes.
Uma linha de policiais armados com escudos antimotim montou barricadas, mas não tentou impedir o protesto. Alguns manifestantes distribuíram flores à polícia.
As pessoas nas ruas se saudavam com um sinal com três dedos, que se tornou símbolo de protesto contra o golpe. Um policial foi fotografado fazendo um sinal desses para os manifestantes. Motoristas tocavam suas buzinas e pessoas que passavam exibiam fotos de Suu Kyi.
Uma nota interna para funcionários da Organização das Nações Unidas estimou que mil pessoas se juntaram a um protesto em Naypyidaw, enquanto havia 60 mil somente em Yangon.
Conteúdo e foto: Reuters