O deputado federal João Roma (Republicanos-BA) foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir o Ministério da Cidadania. A nomeação foi publicada na tarde de hoje no Diário Oficial da União.
Em entrevista à CNN Brasil, Roma disse que “o momento é de união de todos os brasileiros, e precisamos trabalhar para aqueles que mais precisam. A missão desse ministério é não deixar ninguém para trás.”.
Roma é o primeiro integrante do Republicanos, partido com forte presença de evangélicos, no primeiro escalão do governo Bolsonaro. Outros dois cotados para assumir o Ministério da Cidadania eram os deputados, também do Republicanos, Márcio Marinho (BA) e Jhonatan de Jesus (RR).
Segundo informação do site “Congresso em Foco”, parceiro do UOL, o presidente do DEM e ex-prefeito de Salvador (BA), ACM Neto, tentou convencer o aliado João Roma a desistir de aceitar o posto de ministro da Cidadania. Neto queria evitar dar a impressão de que indicou pessoas para cargos no governo de Jair Bolsonaro.
Ao saber na última quarta-feira, 10, da escolha do amigo e ex-chefe de gabinete para assumir a pasta, Neto ficou insatisfeito e conversou com Roma e com o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, para fazer o partido retirar a indicação.
Minutos após a informação sobre a nomeação de Roma, o deputado Rodrigo Maia escreveu: “ACM Neto mostrou hoje o seu caráter”. Os dois trocaram farpas publicamente ao longo da semana, expondo assim um ‘racha’ dentro do DEM.
A nomeação de Onyx Lorenzoni para a Secretaria-Geral da Presidência também foi publicada no Diário Oficial.
Bolsonaro já havia dito recentemente que iria deslocar Onyx para o cargo, durante entrevista ao Brasil Urgente, da TV Bandeirantes. Ele é considerado um dos aliados mais fiéis do presidente, tendo sido coordenador da sua campanha ao Palácio do Planalto e ministro-chefe da Casa Civil no início do governo.
Conteúdo: UOL
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