Durango Duarte não é mais Cidadão do Amazonas. Os deputados da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) aprovaram, em sua maior parte, a revogação da Lei nº 444/2017, que concede o Título de Cidadão do Amazonas ao publicitário nesta quarta-feira, 26.
As opiniões foram diversas sobre o PL de autoria do deputado Fausto Júnior (MDB). Para uns, atenta contra a liberdade de expressão de Durango Duarte. Porém, outros parlamentares acham que ele exagerou nas críticas.
Serafim Corrêa (PSB) classificou o momento como “infeliz” e não concordou com nada do que foi dito na entrevista. “Mas eu tenho que defender o direito dele ao expressar sua opinião e assumir as consequências. Isso parece vingança e é ruim para nós”, disse. Logo após, o parlamentar pediu para retirarem de pauta.
Wilker Barreto (Podemos) também achou o gesto “extremo” e falou que a atitude abre margens para mais revogações de Títulos. Já Delegado Péricles (PSL) falou que o publicitário generalizou a Casa Legislativa em suas falas. “Ele fez uma nota para entregar o Título de Cidadão e nós sabemos que é por meio de Lei. Então, não vale de nada. Já que ele quer devolver, nós iremos revogar”, defendeu o parlamentar.
Roberto Cidade (PV), presidente da Casa Legislativa, frisou que respeita as opiniões de todos. “Durango Duarte afrontou esta Casa Legislativa duas vezes. Ele mandou um e-mail pedindo todos os Títulos concedidos de Cidadão. Depois ele manda uma mensagem de WhatsApp para todos os deputados. Acredito que ele quis ser mais forte que este Poder”, explicou Cidade falando que a intenção de Duarte foi menosprezar a Aleam e os deputados.
“Se for aprovado pelo plenário, será revogado e vida que segue. Não tem perseguição. Não tenho nada contra ele”, frisou o deputado.
Outros parlamentares também manifestaram-se a favor da revogação da Lei. Ela foi aprovada com voto contrário dos deputados Serafim Corrêa e Wilker Barreto.
‘Persona Non Grata’
Fausto Júnior também entrou com o Requerimento nº 2.335/2021 nesta quarta-feira,26. Uma moção de repúdio contra o o publicitário que o declara “Persona Non Grata” pelas declarações concedidas a um portal local.
A íntegra da Moção pode ser vista aqui.
Priscila Rosas, para O Poder
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