Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo ideal subiu para R$ 5.351,11 em maio de 2021. Em abril, o valor havia sido de R$ 5.330,69.
O mínimo ideal do mês é quase cinco vezes superior ao piso nacional vigente, de R$ 1.100. Para chegar ao valor, o órgão calcula o gasto necessário para sustento de uma família de quatro pessoas, considerando dois adultos e duas crianças, com base na cesta de alimentos mais cara do país.
Entre abril e maio de 2021, o custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 14 das 17 cidades analisadas. A cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 636,96), seguida pelas de São Paulo (R$ 636,40), Florianópolis (R$ 636,37) e Rio de Janeiro (R$ 622,76).
O estudo também estima o tempo médio de trabalho necessário para adquirir os produtos da cesta de alimentos. Em maio, esse tempo foi de 111 horas e 37 minutos.
A pesquisa do Dieese revela ainda que para trabalhadores remunerados com o piso nacional, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, a compra de alimentos básicos para uma pessoa adulta compromete, em média, 54,84% do salário. Este valor supera o registrado em abril, de 54,36%.
Para 2022, o governo federal já propôs salário mínimo de R$ 1.147. O valor representa um aumento de 4,27% em relação ao piso vigente. Com o isso, os trabalhadores devem enfrentar o terceiro ano seguido sem aumento real (acima da inflação).
Conteúdo: CNN Brasil
Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles