A variante Delta do coronavírus já é a dominante em todo o mundo. É o que aponta o relatório epidemiológico mais recente da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). De acordo com o estudo, globalmente, ela foi identificada em quase 90% das amostras sequenciadas.
Atualmente, a Delta está presente em 135 países, 22 deles nas Américas. Devido ao rápido avanço da cepa originária da Índia, a Opas recomendou a revisão dos planos de combate ao Sars-Cov-2 e a preparação dos governos para uma possível alta no número de hospitalizações, incluindo necessidade de terapia intensiva com suporte, como hemodiálise.
Enquanto há 13 meses, a variante Alpha era a predominante, o novo levantamento aponta para uma inversão de cenário, com a Delta sendo identificada em quase 90% dos casos. O estudo mostra que o aumento de infecções pela cepa originária da Índia começa a ganhar força a partir de abril desse ano.
Vacinação
O relatório também chama atenção para a redução na efetividade das vacinas em relação à variante Delta. Segundo a organização, a queda pode ocorrer principalmente nas pessoas que receberam apenas a primeira dose do imunizante A Opas reforça a importância de completar o esquema vacinal com as duas doses e da manutenção das medidas de prevenção.
Variações
Até o momento, quatro variantes do Sars-CoV-2 (Alfa, Beta, Gama e Delta) foram identificadas no mundo e classificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como de preocupação.
Delta no Brasil
O Brasil registra mais de 400 casos da Delta em dez estados. Na semana passada, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou que a variante já é identificada em 45% das amostras analisadas na capital fluminense. Em São Paulo, um boletim divulgado pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL) apontou a Delta em 23,5% das amostras sequenciadas.
Conteúdo: CNN Brasil
Foto: Yang Bo/China News Service via Getty Images