Roraima – Com investimentos insuficientes no combate à pandemia por parte do governador Antonio Denarium (sem partido), Roraima aparece em destaque nacional como o único Estado da federação na zona crítica em ocupação de leitos, com taxa de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 acima dos 80%.
A informação consta na edição extraordinária do Boletim Observatório Covid-19 da Fiocruz publicado nesta semana. A situação em Roraima é tão diferente do restante do país que, com uma diferença de 16%, Rio de Janeiro aparece em segundo lugar com 66% de ocupação.
O governador de Roraima, que já foi flagrado várias vezes em público sem usar máscara, apresenta discurso de “trabalhar para combater a pandemia”. No entanto, não tem dado exemplos.
No dia 7 de Setembro, Denarium cancelou o tradicional desfile cívico com o argumento de evitar aglomeração e, consequentemente, a disseminação do vírus. Porém, entrou em contradição ao participar de uma manifestação pró-Bolsonaro que reuniu cerca de 20 mil pessoas.
Apesar do número de registro de novos casos de Covid ter tido uma leve redução em Roraima nas últimas semanas, a situação ainda é preocupante, pois muitas pessoas ainda não foram vacinadas e quase todos os dias são registradas novas mortes em decorrência de complicações causadas pela doença.
Boletim
Conforme o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), foram registrados 24 novos casos da doença, sendo que 22 óbitos estão em investigação. Atualmente, o Estado possui 124.477 casos confirmados e 1.963 mortes. Há pelo menos 83 pessoas internadas em unidades estaduais.
Confira abaixo a taxa de ocupação em cada estado:
Roraima (82%), Rio de Janeiro (66), Goiás (52%), Rondônia (47%), Pernambuco (43%), Espírito Santo (48%), Acre (7%), Amazonas (34%), Pará (35%), Amapá (16%), Tocantins (41%), Maranhão (42%), Piauí (41%), Ceará (38%), Rio Grande do Norte (30%), Paraíba (20%), Alagoas (14%), Sergipe (20%), Bahia (30%), Minas Gerais (29%), São Paulo (33%), Paraná (57%), Santa Catarina (47%), Rio Grande do Sul (51%), Mato Grosso do Sul (34%), Mato Grosso (43%) e Distrito Federal (57%).
Anderson Soares, para O Poder
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