Roraima – Com um dos focos a criação de Projetos de Lei (PL) voltados à causa animal, o senador Telmário Mota (Pros) entra em contradição ao ser um apreciador de rinhas de galos. O político, inclusive, já teria colocado várias aves para duelarem até a morte, prática proibida no Brasil. Em quase oito anos de mandato, ele apresentou somente 18 PLs, segundo pesquisa feita pela reportagem nessa quarta-feira, 22, no site do Senado Federal.
Do total de matérias apresentadas, três são referentes à causa animal, sendo a primeira relacionada à alteração de um artigo, para tipificar como crime de maus-tratos o sacrifício de animais apreendidos, não soltá-los no habitat natural ou não destiná-los a pessoas ou entidades que queiram se responsabilizar. O outro dispõe sobre a destinação de animais domésticos e exóticos apreendidos e proibição de sacrifício.
De acordo com a publicação, há ainda uma matéria do senador sobre a “criação, manejo e exposição de aves da raça Mura – Galo de Combate, com vistas a atender os princípios de garantia do bem-estar animal e da preservação da espécie”. Embora demonstre defesa pela causa animal, o senador já foi flagrado, em 2018, em uma rinha de galo.
Organizar ou participar de rinha de galo é crime ambiental, definido no artigo 32 da Lei Federal nº 9.605/98 que diz: “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. À época, Telmário Mota foi filmado participando de uma rinha de galo, no município de Cantá, interior de Roraima.
A pena para quem for pego praticando este crime é detenção, de três meses a um ano, e multa. A pena será aumentada em caso de morte do animal.
‘Improdutivo’
Ao longo de quase oito anos de mandato, o senador apresentou apenas cinco PLs em 2019, oito no ano passado e cinco neste ano.
Da Redação O Poder
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