A taxa média de desocupação registrada no Brasil foi de 12,6%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. No Amazonas, durante o terceiro trimestre, esse número foi de 13,4%, o que representa uma queda de 2,3% em comparação ao trimestre anterior, quando a marca foi de 15,8%.
“São números animadores para o Amazonas. A taxa apresentou um recuo considerável no período, sendo a menor dos últimos sete trimestres. O resultado colaborou para que o Amazonas melhorasse sua posição no ranking nacional de geração de empregos”, afirmou o chefe da unidade estadual do IBGE no Amazonas, Ilcleson Mendes.
Ainda de acordo com o especialista, a força de trabalho foi incrementada com 40 mil pessoas em todo o Estado e o trimestre indica a existência de 80 mil pessoas ocupadas. “No Amazonas, há mais de 1 milhão de pessoas empregadas”, enfatizou.
O índice de trabalhadores por conta própria também aumentou, incrementando o setor de trabalho informal. O comércio foi o setor líder na geração de empregos. Já a agricultura registrou uma queda no número de contratações.
Informalidade
Apesar de ter diminuído a taxa de desemprego no Estado, e de ter aumentado o número de ocupados, a taxa de informalidade alcançou 59,5% das pessoas ocupadas no terceiro trimestre do ano, no Amazonas, a segunda maior taxa do país. Dessa forma, quase seis a cada dez trabalhadores do Amazonas não possuíam vínculo empregatício formal. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada hoje, 30, pelo IBGE.
Rendimento
O rendimento médio de todos os trabalhos das pessoas ocupadas caiu 6,3%, em relação ao trimestre anterior, (R$117 a menos, em valor monetário), passando de R$ 1.869,00 para R$ 1.751,00. Já em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a perda foi de 17,2%, que representou diminuição de R$363,00 no rendimento médio do trabalhador.
No 3º trimestre de 2021, este valor chegou a 2,7 bilhões, o que representou estabilidade em relação ao trimestre anterior. Na comparação desse indicador com o mesmo trimestre do ano anterior, os dados também são considerados estáveis, apesar de variarem -6,8%, ou R$ 196 milhões a menos.
Fim de ano
“Os resultados refletem uma melhora na economia como um todo. O que se fala sobre recuperação da economia está relacionado diretamente com a geração de empregos”, comentou a economista Bianca Rezende.
Outro motivo favorável é a chegada das vendas natalinas. “As festas de fim de ano devem impulsionar ainda mais este número. Ou seja, o comércio deve ter grande participação no cenário de melhorias na geração de emprego do Amazonas”, destacou a especialista.
Alyne Araújo, para o Poder
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