Roraima – Novo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social) divulgado nessa quarta-feira, 29, revela que 14, das 27 unidades da federação, têm mais de 40% da população vivendo na pobreza. Conforme a pesquisa, Roraima tem 46,16% vivendo nessa situação.
Em quatro Estados, o percentual ultrapassa a metade da população: Maranhão (57,90%), Amazonas (51,42%), Alagoas (50,36%) e Pernambuco (50,32%).
Na média brasileira, a parcela é de 29,62%, ou quase um terço da população vive em situação de pobreza. Ao todo, eram 62,9 milhões de brasileiros em 2021 nesta situação, quase dez milhões a mais que em 2019.
Por esta classificação, pobres são aqueles que vivem com menos de R$ 497 per capita por mês, considerando preços do quarto trimestre de 2021, ou U$ 5,50 por dia. A linha de corte de R$ 497 per capita mensal por mês é a mais alta para se classificar o contingente de pobres no país e segue os critérios internacionais de pobreza. Pelo Auxílio Brasil,
Para além dos quatro Estados com mais da metade da população na pobreza, os demais com ao menos 40% de seus moradores nesta situação são Sergipe (48,17%), Bahia (47,33%), Paraíba (47,18%), Pará (46,85%), Amapá (46,80%), Roraima (46,16%), Ceará (45,89%), Piauí (45,81%), Acre (45,53%) e Rio Grande do Norte (42,86%).
O estudo aponta ainda que 25 das 27 unidades da federação registraram aumento do percentual da população na pobreza entre 2019 e 2021. A pior evolução dos indicadores de pobreza no período da pandemia foi observada em Pernambuco, com um aumento de 8,14 pontos percentuais: o percentual de pobres subiu de 42,18% em 2019 para 50,32% em 2021.
Outros Estados tiveram ampliação expressiva da parcela de pobres na população: Rondônia (25,19% para 31,65%), Espírito Santo (21,38% para 27,30%), Bahia (42,43% para 47,33%) e Minas Gerais (20,94% para 25,25%). As únicas quedas de pobreza no período foram observadas em Tocantins (34,54% para 33,59%) e Piauí (45,84% para 45,81%).
Fonte: Valor Econômico
Foto: Marcelo Casal/Agência Brasil