Roraima – O governador Antonio Denarium (PP), candidato à reeleição, tem apenas três propostas, apresentadas de forma genérica, no Plano de Governo para a Cultura. O documento consta no site de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No novo plano, o governador promete a implantação do Programa de Fomento à Produção Audiovisual de Roraima, ampliar os investimentos no Turismo e nas ações culturais e a
construção do ‘Quadrilhódromo’, mas não dá nenhum detalhe sobre as propostas.
Empresário e não gestor
Para o presidente da Associação dos Músicos de Roraima, Juninho Pegada, o governador Antonio Denarium não tem planejamento cultural e desconhece tudo sobre cultura.
“O governador não tem planejamento cultural, ele não tem essa noção. Talvez não seja porque quer, talvez seja por não entender mesmo. O governador é empresário, ele infelizmente não é gestor. E, falando de cultura, ele desconhece de tudo. O planejamento dele é feito dentro de algumas pessoas que ele tem em volta dele”, inicia.
Cultura afundada
Sobre as novas propostas genéricas, o representante dos músicos afirma que quando há um planejamento direcionado, provavelmente, o gestor entende que toda a Cultura está ‘às mil maravilhas’. Contudo, o cenário é completamente diferente.
“O planejamento é direcionado, como se as outras partes da cultura já tivesse tudo bem. Quando você direciona um plano de governo e você dá esse direcionamento dentro das propostas, é porque o resto tá bem, mas, governador, como é que está a questão cultural musical, como está a questão dos nossos prédios, das revitalizações, do teatro, da música?. Não existe porque a cultura está afundada”, desabafou.
Juninho Pegada afirma, ainda, que o governador não fez nada pela Cultura nos quase quatro anos de mandato e nunca fará. Segundo ele, a Cultura representa apenas uma secretária usada como ‘cabide de emprego’.
“O governador não conhece, ele não domina, não tem domínio da realidade sobre a Cultura. Não fez absolutamente nada pela Cultura e ele não vai fazer porque ele não entende, não tem um olhar carinhoso, ele não quer fazer, ele não faz questão, a Cultura é apenas um secretaria de Cultura cabide de emprego”, disse.
Cadê a verba?
Juninho Pegada fez duras críticas e questionou onde foram investidos os recursos que o Governo recebe anualmente para a Cultura.
“Cadê o dinheiro da Cultura? Cadê os recursos que a Cultura recebe? São 12 milhões todo ano! E, desses 12 milhões, 2,5 milhões é para fomento! Esse dinheiro nunca chegou, esse recurso nunca chegou nesse mandato. Não pode discutir cultura se não existe gestão na cultura do nosso Estado”.
O Poder tenta contato com o governador de Roraima para questionar sobre o pequeno plano para a Cultura e para repercutir sobre as críticas de Juninho Pegada.
Da redação O Poder
Foto: Divulgação