Mesmo com a divulgação de nota conjunta do Exército Brasileiro, Marinha do Brasil e Força Aérea Brasileira prometendo respeito à Constituição e à democracia, os bolsonaristas continuam buscando apoio para as suas manifestações e cobrando uma ação das Forças Armadas sibre o que eles consideram ser “contra a democracia”, ou seja, a eleição do ex-presidente Lula (PT).
Após a publicação do documento, uma parcela dos bolsonaristas pede que as Forças Armadas não “os abandone” e nem o país. “Vocês vão mesmo deixar o Brasil cair no fundo do abismo e não fazer nada?”, questiona uma internauta. “Espero que comecem a tomar atitudes quanto aos abusos do Poder Judiciário. O poder emana do povo”, escreve um apoiador do presidente.
Parte dos pedidos é para impedir que o novo governo, o de Lula, retorne à presidência. Uma ação contrária aos resultados das Eleições, garantido pelas instituições públicas, inclusive, pelo Ministério da Defesa que não achou irregularidades no pleito no relatório enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última quarta-feira, 9.
“Precisamos de ação. Palavras não vão combater essa quadrilha que está fazendo de tudo para obter o poder”, escreve um bolsonarista. “Salvem as Forças Armadas! Não permitam que elas sejam desmanteladas para dar lugar a uma guarda bolivariana que vai oprimir o nosso povo com violência”, pede outro internauta.
Vários apoiadores do presidente têm elogiado o posicionamento das Forças Armadas, achando que a nota é em favor das manifestações e não em favor das Instituições do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, a quem o documento representa. Uma evidência disso é que ele não é assinado pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, para que não fosse confundido como um ato do governo Bolsonaro (PL).
Direcionado às “Instituições e ao povo brasileiro”, o comando das Forças Armadas condenou os excessos cometidos nas manifestações bolsonaristas, consideradas antidemocráticas, seja por parte dos apoiadores do presidente quanto pelo Poder Público. No documento, eles afirmam que o papel é essencialmente assegurar o que a Constituição prevê, incluindo a liberdade de pensamento, de reunião e o direito de ir e vir.
Priscila Rosas, para Portal O Poder
Foto: Mário Adolfo Filho