Um importante aparelho para obter diagnóstico por imagens de casos de câncer com mais precisão, o Pet-Scan (também conhecido pelo nome Pet-CT), que custou R$ 5,9 milhões aos cofres públicos está encaixotado desde outubro de 2018 no hospital Ophir Loyola, em Belém. A informação já havia sido confirmada em 2019 pelo governador do estado, Helder Barbalho, e, constatada pelo Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) no fim de fevereiro.
No último dia 27, representantes do Sindmepa participaram de uma audiência com a direção do hospital para cobrar a instalação e funcionamento imediato do aparelho. “Nada justifica um aparelho desse ficar encaixotado por tanto tempo. A nossa crítica não é a este ou àquele governo, mas à gestão como um todo. Mesmo que não tenha resultado em prejuízo aos pacientes, houve perdas ao Estado, que precisou pagar pelo exame na rede privada”, afirmou o diretor do Sindmepa, Wilson Machado.
A direção do hospital informou que só poderá passar a máquina devidamente instalada a partir de dezembro. Isso porque, nas próximas semanas, ainda no mês de março, devem ser iniciadas as obras para instalação de equipamentos radioterápicos no hospital, com prazo de nove meses para conclusão dos trabalhos. Um desses aparelhos é justamente o Pet-Scan.
De acordo com o presidente do Sindmepa, o Pet-scan foi comprado há sete anos sem que houvesse a infraestrutura adequada para seu funcionamento.
Visita em 2019
Em 12 de fevereiro de 2019. Helder Barbalho esteve no hospital Ophir Loyola e criticou a situação da época, quando o aparelho já estava encaixotado. “Como podem pessoas serem tratadas dessa forma tão desumana, em um momento tão difícil de suas vidas? Já orientei a equipe da Sespa e do Ophir Loyola para que me apresentem soluções, o mais rápido possível, que possam viabilizar uma nova forma de atendimento”, disse o governador à época.
O hospital Ophir Loyla é um centro de alta complexidade em oncologia no Pará e referência em neurocirurgia, nefrologia e transplantes.
Da Redação O Poder
Ilustração: Neto Ribeiro