O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou, nesta quarta-feira,5, que a Petrobras terá mudanças em sua atual política de preços.
Silveira classificou as atuais diretrizes como “verdadeiro absurdo” e afirmou que a empresa vai abandonar o Preço por Paridade Internacional (PPI). Para isso, vai levar em conta o mercado nacional, com a mudança na política adotada pela estatal para definir os valores.
Ainda segundo o ministro, a medida, chamada de Preço de Competitividade Interno (PCI), deve reduzir entre R$ 0,22 e R$ 0,25 o preço do litro do diesel.
De acordo com o ministro, a Petrobras vai ter função de “amortecimento”, para amenizar o impacto das crises internacionais no preço petróleo, que acabam influenciando no valor dos combustíveis nas refinarias brasileiras.
“A Petrobras vai continuar sendo respeitada na sua governança e na sua natureza jurídica”, prometeu. “Mas nós vamos exigir da Petrobras, como controladores, que ela respeite o povo brasileiro. Que ela cumpra o que está na Lei das Estatais, na Constituição Federal, com a sua função estatal, que é criar um colchão de amortecimento nessas crises internacionais de preço dos combustíveis”, disse o ministro.
Embora a medida não resolva o problema definitivamente, o ministro afirmou que a Petrobras tem muito para contribuir com a questão social brasileira, e a volatilidade internacional é um fator constante.
Apesar do posicionamento do ministro, a estatal diz que não recebeu nenhuma proposta do governo.
Atualmente, a Petrobras segue a paridade de preço de importação (PPI). O preço dos combustíveis é formado considerando indicadores como valores do barril do petróleo internacional, dólar e custos para trazer o produto ao país
No entanto, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já afirmou diversas vezes que deixará de seguir o indicador de paridade de importação.
Da Redação O Poder, com informações do UOL
Ilustração: Portal O Poder