A Reforma Tributária, que vinha sendo apresentada como a ‘grande pauta’ a ser debatida entre deputados federais e senadores deve perder força e ser ofuscada pelos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai apurar possíveis responsáveis sobre os episódios ocorridos em 8 de janeiro, quando vândalos depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.
A CPMI foi oficializada nesta quarta-feira, 26, com previsão de duração de 180 dias.
O requerimento que solicitava a criação indicava não haver “dúvidas que houve depredação do patrimônio público”, destacando ser “inadmissível” tal ato em um Estado Democrático de Direito.
O documento pede a punição rigorosa de todos os envolvidos, sejam eles extremistas ou infiltrados.
Reforma perde força
Pelos corredores de Brasília já se ouve um burburinho de que a pauta sobre a Reforma Tributária perderá força porque toda atenção estará voltada à CPMI.
“A CPMI envolve as duas casas legislativas – Senado e Câmara – demandando tempo dos parlamentares que nelas atuam. Além disso, diante da polarização que há no país, é algo que, como a CPI da Covid, vai atrair muita atenção”, disse uma fonte ao Portal O Poder.
Esta mesma fonte acredita que, com ou sem atraso, a bancada amazonense está pronta para defender os interesses do Estado na pauta que ele considera “delicada e espinhosa”.
“A Reforma mexe com interesses de diversos pontos do país e não somente da Zona Franca. Com atraso ou sem atraso, podemos ter surpresas no relatório”, alertou.
Composição da CPMI
De acordo com o trâmite para abertura da CPMI, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), disse que partidos e blocos partidários devem enviar os nomes dos integrantes da comissão respeitando a proporcionalidade, em prazo que ainda será comunicado.
Da Redação O Poder
Ilustração: Neto Ribeiro, Portal O Poder