Afastado do comando da Prefeitura de Borba (a 327 quilômetros de Manaus), Simão Peixoto (PP) tem, hoje, seu futuro político nas mãos da Câmara de Vereadores e do prefeito interino, Zé Pedro Graça (PSD).
Simão Peixoto foi alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por envolvimento em crimes contra a Administração Pública desde o último dia 23 de maio. A ação tinha mais de 10 mandados de prisão contra o, agora, ex-gestor e servidores públicos.
A população borbense tem pressionado tanto os vereadores quanto o atual gestor da cidade quanto a um pedido de impeachment contra Simão Peixoto. No entanto, ao Portal O Poder, Zé Pedro desconversou e disse que, para o momento, a prioridade é fazer com que o município avance.
“As questões políticas serão trabalhadas mais para frente”, disse, frisando que há ainda a organização para os festejos de Santo Antônio de Borba a ser realizado nos próximos dias.
Sem omissão e com pulso firme
Zé Pedro disse ainda ao O Poder que a situação em que está envolvido não o deixa feliz, mas que não poderia ser omisso em um momento tão delicado.
“É uma situação constrangedora para inúmeras famílias. Mas é um direito constitucional que tenho e vou fazer valer dando o mellhor de mim, seja 10, 15 dias, um mês ou um ano”, disse.
Zé Pedro também falou sobre a dificuldade que tem encontrado na gerência da cidade. Além de admitir ter sido deixado de lado na gestão de Simão Peixoto, ele denuncia que servidores públicos têm sido coagidos a não o ajudarem neste período.
“Pessoas ligadas ao Simão entram em contato com os servidores na tentativa de desestabilizar nossa gestão, inclusive dizendo que vão voltar [ao poder], dando até o dia que ele [Simão] voltará às atividades”.
Da Redação O Poder
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