O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) anunciou hoje, 25, um plano de segurança para a região da Amazônia Legal. O secretário-executivo do ministério, Ricardo Capelli, disse que o governo irá investir cerca de R$ 2 bilhões no projeto, intitulado “Amazônia mais Segura e Soberana”.
A proposta inclui a criação de 34 novas bases de segurança, sendo 28 terrestres e seis fluviais. Além disso, está prevista a implantação de um centro de comando da Força Nacional de Segurança e um centro de cooperação internacional para troca de informações e ações com os países vizinhos.
Capelli destacou a importância desse plano durante a abertura da 13ª Semana de Segurança Cidadã e Justiça, evento realizado em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Governo da Bahia. O objetivo do encontro é compartilhar experiências de boas práticas e projetos na área de segurança pública da América Latina e do Caribe.
Durante sua participação no evento, Capelli representou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Ele ressaltou a necessidade de uma atuação mais articulada das polícias estaduais no combate às organizações criminosas.
“Temos os desafios de fazer as políticas dos estados atuarem de forma articulada para enfrentar o crime que está cada vez mais organizado. O crime organizado não reconhece fronteiras geopolíticas. A gente enfrenta o crime na Amazônia brasileira e ele espirra para o país ao lado“, disse.
A iniciativa do governo recebeu apoio do BID, que realizará o lançamento de uma plataforma com mais de 700 projetos e experiências exitosas na área de segurança. Morgan Doyle, representante do BID no Brasil, afirmou que a instituição tem se dedicado a ações que visam enfrentar situações de crime e violência que impactam no bem-estar da população e no crescimento da economia. Segundo um estudo do banco, a criminalidade e a violência representam cerca de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Doyle ressaltou a importância de alinhar as políticas de segurança com o conhecimento científico e as evidências positivas de boas práticas. Ele enfatizou que a plataforma será um espaço para autoridades e membros de outras organizações contribuírem e aprenderem uns com os outros. O objetivo é promover um diálogo regional para compartilhar experiências que funcionam e identificar aquelas que não funcionam.
Da Redação com informações de O Antagonista
Foto: Mário Vilela/Funai