O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesse sábado, 16, que o Brasil apoiou um empréstimo à Argentina de US$ 1 bilhão. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer ajudar as pessoas do país vizinho a superarem a crise econômica, apesar de o novo presidente, Javier Milei, ter criticado o petista durante a campanha para a Casa Rosada. “Hoje saiu na imprensa que o Brasil votou a favor da Argentina para conseguir um empréstimo para superar a sua crise e todo mundo sabe que o atual presidente da Argentina ofendeu o presidente Lula durante a campanha, mas nem por isso o Brasil, governado pelo presidente Lula, deixou de apoiar o povo argentino”, afirmou o ministro na cerimônia da assinatura do contrato de início das obras do empreendimento “Copa do Povo”, do Minha Casa, Minha Vida, em Itaquera, na zona leste de São Paulo.
Haddad declarou que Lula não olha para bandeira partidária na política, citando o investimento de R$ 10 bilhões para o governo de São Paulo construir um trem até Campinas e mais uma linha de metrô em São Paulo.
“O mais importante de tudo é quando você tem um governante que não olha religião, bandeira partidária, time de futebol, um presidente que olha para quem precisa do apoio do governo independente de quem é o prefeito, quem é o governador. Faz o que é preciso para o povo ter comida barata na mesa, casa própria, emprego digno, salário digno”, afirmou.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse na quarta-feira que a decisão de votar favoravelmente ao empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina na CAF (Corporação Andina de Fomento), o Banco de Desenvolvimento da América Latina, não teve interferência do presidente Lula. Segundo ela, tratou-se de “um processo comum”.
Tebet justificou o voto pelo fato de a Argentina ser “o 3º parceiro comercial do Brasil” e por ajudar a “garantir emprego para o povo brasileiro” com vendas e exportações.
Henrique Souza, com informações de Poder 360
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