Nesta segunda-feira, 12, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) começou a enviar para o interior do Amazonas as urnas eletrônicas que serão utilizadas nas Eleições 2024. A ação se estenderá até sexta-feira, 16.
De acordo com o TRE-AM, o embarque será feito em caminhões de transportadora até sexta, 16.
A logística das urnas no Amazonas é realizada através de entrepostos chamados polos, localizados em municípios. Após a chegada, é feito o processo de carga das urnas, que consiste na inserção das mídias com os dados dos candidatos e dos eleitores das respectivas seções de votação. Depois é realizada a imediata colocação do lacre, um adesivo em papel moeda, que é assinado pelo juiz e pelo promotor titular da Zona Eleitoral.
As urnas também são levadas a outros municípios, geralmente próximos aos polos, por meio terrestre, fluvial e aéreo, até que cheguem aos locais de votação.
Preocupação com a seca
Quando a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Carmén Lúcia, esteve em Manaus no final de julho, uma das preocupações demonstrada foi o transporte das urnas até os municípios, principalmente os mais distantes da capital e os que sofrem os efeitos da estiagem.
A ministra afirmou que o TSE vai dar todo apoio à Justiça Eleitoral do Amazonas, objetivando que “todo eleitor possa, no dia do pleito, se dirigir ao seu local de votação de costume e exercer sua cidadania”.
Encarecimento
Um dos vários efeitos negativos da estiagem é o encarecimento das eleições municipais. O processo torna-se mais caro, não somente para o Poder Judiciário mas também para os candidatos, porque a estiagem severa isola comunidades. Porém, a assessoria do TRE-AM garantiu que todos os eleitores irão ter seu direito a voto garantido e que o TRE-AM trabalha com a possibilidade de um cenário pior do que foi visto em 2023.
“Não prejudica o pleito, mas o torna mais caro. O TRE-AM já tem expertise para lidar com essas situações. Uma vazante mais extrema mudaria o número de comunidades a se atender dessa forma”, respondeu a assessoria do órgão à reportagem de fevereiro, destacando que o número de comunidades alcançadas por hidroaviões ou helicópteros podem aumentar por causa do isolamento causado pela estiagem.
Desse mesmo modo, os candidatos e partidos terão que lidar com a possibilidade de que uma seca severa possa encarecer suas campanhas, pelo mesmo motivo: possível isolamento de comunidades e aumento nas distâncias percorridas.
Priscila Rosas, para Portal O Poder
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