O Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM) recomendou a interdição imediata das áreas com presença de indígenas isolados nas regiões de Mamoriá Grande, no município de Lábrea, e Igarapé Caribi, nos municípios de Silves e Itapiranga.
A preocupação é de que o isolamento da área possa acarretar impactos negativos, como apagões de energia em Roraima. O parlamento amazônico apontou que o estado pode passar por uma crise energética. A manifestação do MPF à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) foi formalizada na última quarta-feira, 4.
No documento, o projeto de exploração de gás é fundamental para o norte do país, onde foram investidos R$6 bilhões e gerados 3 mil empregos. Cerca de 70% da energia elétrica de Roraima é proveniente da produção de gás no campo Azulão, em Silves, que por sua vez abastece a termelétrica Jaguatirica II.
Uma das reivindicações do parlamento é de que falta embasamento nas alegações do MPF de suspender as atividades, afirmando que é necessário comprovar a presença de indígenas isolados. Reforça também que a preservação dos povos originários é uma prioridade, destaca a necessidade de equilíbrio, tendo em vista que a suspensão poderá ocasionar prejuízos irreparáveis para a população local.
Com informações de Folha BV
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