A Suframa deu um passo importante rumo à modernização de sua gestão documental e preservação histórica. Em reunião realizada nesta quarta-feira, 30, na sede da Autarquia, representantes da Associação de Arquivistas do Amazonas e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) apresentaram a proposta de implantação de um sistema de gestão arquivística alinhado aos princípios ESG (Ambiental, Social e Governança), com destaque para a criação de um futuro Centro de Memória da Suframa.
A iniciativa, que deverá ser formalizada por meio de convênio institucional, prevê o tratamento técnico de aproximadamente 16 mil caixas de documentos acumulados ao longo de décadas, como parte de um esforço de valorização institucional e transparência. “Definimos os termos para fazer o tratamento arquivístico de toda a documentação da Suframa, com vistas à criação de uma política arquivística e, futuramente, um Centro de Memória, considerando que a instituição completará 60 anos em dois anos”, afirmou o professor Alexandre Costa, coordenador acadêmico do curso de Arquivologia da Faculdade de Informação e Comunicação da Ufam.
Durante a reunião, também foi ressaltado o valor simbólico e estratégico da preservação documental da Suframa para a história da região. Para o presidente da Associação dos Arquivistas do Amazonas, Leonardo Vieira, o projeto representa uma reconexão com as origens do curso de Arquivologia da Ufam, que nasceu de uma demanda da própria Suframa há 15 anos. “Queremos resgatar a memória e deixar um legado para que o Brasil e o mundo conheçam a importância desta instituição federal para a proteção da Amazônia e a sustentabilidade da economia regional”, pontuou.
O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, destacou a relevância do projeto para a gestão pública e o alinhamento com os princípios ESG. “Estamos tratando de um projeto que une responsabilidade ambiental e fortalecimento da governança. A Suframa tem o dever de preservar sua história com transparência, e esse legado deve ser conhecido por toda a sociedade”, afirmou.
Além da organização dos arquivos físicos, a proposta contempla ações como digitalização sustentável, acessibilidade digital, oficinas educativas e parcerias com cooperativas para descarte consciente de documentos. Entre os benefícios esperados estão a redução de custos com armazenamento, o aumento da transparência institucional e a valorização da memória histórica da Zona Franca de Manaus.
Da Redação, com informações da Suframa
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