A organização da COP30 formalizou a contratação das empresas responsáveis pela construção das estruturas temporárias da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que será realizada em novembro de 2025, em Belém. O valor total da construção das estruturas é de aproximadamente R$ 250 milhões, segundo a Secretaria Extraordinária da COP30 (SeCOP), e as obras devem começar no início de julho, com previsão de conclusão para a segunda quinzena de outubro.
O evento será dividido em duas zonas: Azul e Verde. A sede principal da conferência estará no hangar do Centro de Convenções da Amazônia, que será interligado ao Parque da Cidade.
A empresa DMDL ficará responsável por toda a operação da Zona Azul, que ocupará uma área de 120 mil m² e terá custo estimado em R$ 182 milhões. Já o Consórcio Pronto RG cuidará da Zona Verde, com área de 40 mil m² e custo aproximado de R$ 67 milhões.
Segundo o contrato, intermediado pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), as duas empresas deverão fornecer todos os serviços necessários à realização das atividades no local. Isso inclui desde tendas, pisos e climatizadores até equipes médicas, de segurança e tecnologia da informação.
Agora em junho, as empresas responsáveis pelas Zonas Azul e Verde deverão apresentar os projetos executivos e complementares das obras, além de mobilizar os equipamentos necessários.
O governo informou que as empresas contratadas passaram por um processo de análise técnica detalhado, conduzido pela Secretaria Extraordinária da COP30 com o assessoramento da Controladoria-Geral da União (CGU). A SeCOP destacou que uma renegociação de itens gerou uma economia de R$ 7,3 milhões em relação às propostas iniciais.
A Zona Azul abrigará as atividades lideradas pela ONU, incluindo reuniões de chefes de Estado. Já a Zona Verde será voltada para encontros da sociedade civil, ativações de empresas e reuniões com ONGs.
Em fevereiro, a CNN revelou a contratação por R$ 478 milhões pelo governo, sem licitação, entre a OEI e a organização da COP30. A reportagem também mostrou que a OEI ampliou exponencialmente na gestão Lula seus contratos com o governo.
Comercialização
O governo também aposta na comercialização de espaços nas duas zonas para tentar recuperar parte dos custos do evento. Segundo a SeCOP, o valor de venda dos pontos comerciais da COP ainda está em definição, assim como a divisão da receita com as empresas contratadas.
Empresas e entidades interessadas em montar espaços dentro da COP30 deverão realizar a solicitação por meio de uma plataforma que será divulgada nos próximos dias. O governo deve realizar uma triagem para evitar que empresas que não estejam alinhadas aos princípios da COP participem do evento.
Com informações da CNN Brasil