Um bebê prematuro morreu nessa segunda-feira, 27, após negligência da equipe médica no hospital Maria da Glória Dantas de Lima, em Ipixuna, no interior do Amazonas. De acordo com informações de familiares, a mãe entrou em trabalho de parto por volta das 10h e foi encaminhada ao local. Ela estava com 7 meses de gestação (32 semanas), 4 centímetros de dilatação e fazia o acompanhamento pré-natal. O caso gerou revolta no município.
“Eles já sabiam que a criança seria prematura e que o hospital não tinha incubadora. Mesmo assim, não transferiram a mãe para Cruzeiro do Sul (AC), onde há estrutura adequada. A criança nasceu viva, mas acabou não resistindo às 5h da manhã. Eles tiveram tempo suficiente para transferi-la para outra cidade e mesmo assim não fizeram”, contou a tia do bebê, que optou por não ter sua identidade revelada nesta matéria.
O parto ocorreu por volta das 14h e o município de Cruzeiro do Sul está a menos de 1 hora de avião de Ipixuna.
Imagens nas redes sociais mostram o bebê numa incubadora improvisada, feita com material plástico, utilizado comumente em embalagens de bolo. O improviso foi feito para manter a criança aquecida e com oxigênio. A cena gerou comoção.
No entanto, não faz muito tempo que a Prefeitura de Ipixuna entregou uma incubadora neonatal para o hospital regional. O objeto foi entregue em junho de 2023 e deveria estar em pleno funcionamento. Relatos dizem que a equipe médica não sabe operar o equipamento.
Cobranças de melhorias na Saúde
Os moradores do município cobram melhorias urgentes na saúde. Eles denunciam falta de equipamentos, profissionais e suporte básico para atendimentos e cobram por melhoria na estrutura da saúde municipal.
Nas redes sociais, a atual gestão da prefeita Paula Augusta (PSDB) e da vice Professora Rute (PL) não falou sobre o caso nem emitiu nota. O último vídeo fala, inclusive, sobre saúde. O hospital também não se pronunciou sobre o caso.
Denúncia ao MPAM
As vereadoras do município, Ane Silverio (PSD) e Lia Farias (União), irão levar o caso de negligência para o Ministério Público do Amazonas (MPAM) para que as diligências sejam tomadas.
Da Redação
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