Com a estiagem severa se aproximando, empresas de navegação que utilizam os rios da Amazônia se preparam para a cobrança da “taxa da seca”. A maioria das gigantes do setor quer cobrar até US$ 5 mil por contêiner devido à “pouca água” nas hidrovias.
Para o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa, a cobrança é desnecessária. “Entidades e empresários já efetuaram reclamação sobre o assunto. Há empresas de navegação que querem cobrar até mais que US$ 5 mil por contêiner, o que é um absurdo. No ano passado, no auge da seca, a taxa cobrada foi de US$ 2,1 mil. Os custos ficarão muito altos, o que tende a prejudicar a Zona Franca de Manaus. Estamos em um momento delicado”, explicou.
As empresas, de acordo com o secretário, se dizem prejudicadas pela “pouca água”. Porém, estão visando o lucro em uma temporada que só desfavorece a economia local.
“É uma verdadeira ameaça. As operadoras de navegação estão aproveitando a seca para ganhar dinheiro. Precisamos repudiar esse ato e queremos providências por parte do governo federal”, salientou Corrêa.
Aviso
Uma das gigantes que utiliza os rios da Amazônia para transporte de cargas é a MSC. A empresa já avisou, por meio de correspondência, sobre a cobrança de US$ 5 mil por contêiner.
Conforme comunicado enviado às fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM), a cobrança é válida paras cargas, commodities e equipamentos especiais. A cobrança vai iniciar no próximo mês.
Da Redação
Ilustração: Neto Ribeiro