O depoimento do governador do Acre, Gladson Cameli, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que estava agendado para a última sexta-feira, 25, foi adiado para o dia 5 de novembro. A decisão foi com base na defesa de Gladson ter alegado que não teve acesso a um documento relacionado à denúncia do Ministério Público contra ele.
O STJ estima que o desvio de recursos públicos está para mais de R$ 16 milhões, mas o MPF acredita que a estimativa de prejuízos alcance quase R$ 150 milhões aos cofres públicos. Mais de oito contratos sinalizam ilegalidades na gestão de Cameli.
Segundo as investigações, esse esquema foi criado para facilitar o desvio de verbas e consequentemente beneficiar o governador do Acre e seus familiares. Outras 12 pessoas foram denunciadas pela Procuradoria Geral da República (PGR). Cameli tem acusações de corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude à licitação.
Cameli segue no cargo
Apesar de ser réu no STJ desde maio, Cameli segue com o seu mandato de governador do Acre e vem ganhando fôlego na justiça. As investigações na Operação Ptolomeu tiveram início em 2019.
Gladson já está com o depoimento marcado, mas é provável que o julgamento só ocorra ano que vem, ganhando mais tempo para se defender. O governador segue negando qualquer ato ilícito.
Ludmila Dias, para Portal O Poder
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