O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), foi cassado quatro vezes pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) desde o ano passado, e entrará no seu penúltimo ano do segundo mandato sem ter definição acerca do julgamento, por conta de três recursos pendentes que correm no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em agosto, houve a expectativa de que finalmente o julgamento ocorreria, por ter entrado em pauta, mas foi retirado e só deve ser analisado no ano de 2025, por conta do recesso do judiciário que começa na próxima sexta-feira, 20.
A defesa de Denarium e do vice, Edilson Damião (Republicanos), foram ouvidas no dia 13 de agosto e os ministros decidiram que a votação ficaria para a próxima sessão, o que não ocorreu e foi retirado de pauta pela presidente do TSE, Cármen Lúcia, e não foi votado até hoje.
Os motivos das cassações de Denarium e do Vice são por realizar reformas em residências de eleitores no programa “Morar Melhor” durante o ano eleitoral de 2022, distribuição de cestas básicas em ano de eleição, transferência de R$70 milhões a municípios antes do período proibido pelo legislativo eleitoral, promover a imagem de agentes públicos e aumentar gastos com publicidade institucional.
Deputados pediram celeridade no julgamento
Os deputados federais de Roraima pediram celeridade nos processos no mês de novembro. Cinco parlamentares convocaram a imprensa em Brasília para aumentar a pressão para que o TSE julgasse e que o governador pudesse ter tranquilidade na gestão do estado para o tempo que resta. “Nós queremos é que esse processo entre em pauta e que o governador saia desse problema. O governador precisa governar”, afirmou o deputado Albuquerque.
Enquanto o julgamento não tem definição sobre possíveis datas, Denarium segue no cargo de governador, com acusações graves em seu currículo. Sua gestão segue sendo severamente criticada por ativistas, que afirmam que o governador se alia a causas que prejudicam o meio ambiente.
Também sofre pressão por parte do prefeito de Boa Vista, que afirma que o governo não tem feito o seu trabalho na saúde, jogando a responsabilidade para a prefeitura.
Com informações de Congresso em Foco
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