Na manhã de desta quarta-feira, 19, a Polícia Federal deflagrou uma operação que revelou um esquema de envio ilegal de ouro extraído de garimpos em Roraima. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em endereços também em São Paulo, além do bloqueio de bens avaliados em mais de R$ 5 milhões.
De acordo com a PF, as investigações identificaram que empresas de transporte ocultavam o ouro em cargas comuns e usavam documentos falsos para conseguir passar com o material por fiscalizações, inclusive em aeroportos.
Há indícios de que os investigados recorriam a intermediários para realizar movimentações financeiras, na tentativa de lavar o dinheiro para conferir aparência lícita no produto extraído do garimpo ilegal.
A operação foi batizada de Aurum Missum, vem do latim que significa “ouro enviado”, fazendo referência ao modus operandi dos criminosos que despachavam metal precioso como mercadoria comum.
O garimpo ilegal em Roraima é algo que coloca em ameaça a vida nas terras indígenas, principalmente na Yanomami, a maior do Brasil. Relatórios apontam que garimpeiros operam dentro de terras indígenas, gerando forte impacto ambiental, social e econômico.
A extração ilegal costuma provocar devastação ambiental, contaminação por mercúrio e conflitos com populações indígenas, tornando-se um desafio persistente para a fiscalização e para os órgãos de controle.
Com informações de G1 AM

