O incêndio na Blue Zone da COP de Belém ampliou a indisposição entre a ONU e o governo federal.
Na noite dessa quinta-feira, 20, emissários do Palácio do Planalto se preocupavam em alertar, sob reserva, que as primeiras evidências apontavam para a responsabilidade da ONU no episódio.
O órgão teria deixado representantes do pavilhão da Comunidade da África Oriental, um dos focos do incêndio, entrar na Blue Zone com um forno micro-ondas incompatível com a rede elétrica local.
É a ONU que faz toda a triagem dos credenciados para entrar na Blue Zone. Uma outra alternativa na mesa é uma falha em um gerador.
A indisposição já havia ocorrido na semana passada, após a invasão de manifestantes brasileiros na área.
Na ocasião, houve troca de acusações nos bastidores tendo em vista que a manifestação começou em uma área sob o cuidado do governo estadual, adentrou uma área federal até culminar no confronto com seguranças da ONU na entrada da Blue Zone.
O episódio culminou com uma carta da ONU na quarta-feira endereçada ao governo cobrando melhorias nas instalações da COP.
Nela, foram elencados reclamações que órgãp ouviu das delegações sobre a refrigeração no local, vazamento, inundações, falta de água e segurança.
A CNN mostrou nessa quinta-feira que na carta também foi mencionado riscos decorrentes da exposição da rede elétrica.
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Para o governo, a postura da ONU seguiu a adotada na invasão da semana passada no sentido de se apressar para atribuir ao governo responsabilidades que seriam delas.
Por esse motivo também que a Polícia Federal foi rápida em abrir uma investigação preliminar para apurar o incêndio, como mostrou a CNN. A linha de investigação de que um micro-ondas que não deveria ter entrado na Blue Zone é a principal.
A expectativa do governo é que a apuração acabe por demonstrar que foi uma falha da ONU, e não do projeto ou estrutura do local.
Isso porque a construção da Blue Zone e da Green Zone foi responsabilidade da Organização dos Estados Ibero-Americanos, organizamos contratado pela Casa Civil para estruturar o local. Ela subcontratou a empresa DMDL para erguer a estrutura da BlueZone.
Chamou a atenção durante o incêndio a falta de organização para situações deste tipo. Não havia sirenes, mapas de saída ou avisos pelos autos-falantes.
Procuradas, nem a OEI nem a empresa se manifestaram sobre o incêndio.
Da Redação com informações de CNN Brasil
Foto: Reprodução

