O ministro do Turismo, Celso Sabino, foi apontado como locador de um imóvel que se tornou sede estadual do União Brasil no Pará. Localizado na Zona Oeste de Belém, o casarão azul e amarelo tem Sabino como dono e negociante por ser presidente da agremiação do partido.
Foi identificado que o vínculo entre Sabino e a sede vai além de uma decisão administrativa. O ministro é dono da casa por meio de uma de suas empresas. Só foi possível verificar essa ligação por contratos e comprovantes de depósitos apresentados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Entre março de 2022 até o fim do ano passado, o partido pagou R$ 244,7 mil à Capital Real Imóveis, empresa de Sabino, para alugar a casa que serve de sede ao partido.
Ao UOL, o ministro declarou que a decisão de alugar a casa “foi tomada de maneira colegiada pelo diretório estadual”. Classificou a negociação com a empresa como vantajosa para o partido e declarou que o valor pago ficou abaixo do mercado.
Sabino vive um momento de instabilidade no União Brasil. Em setembro, o presidente do partido, Antonio de Rueda, exigiu que os filiados saíssem do governo petista.
Às vésperas da COP30 (Conferência do Clima), Sabino se recusou a deixar o cargo. O Turismo, pasta que comanda, se envolveu na organização do evento em Belém, seu berço eleitoral.
O ministro passou, então, a enfrentar um processo por infidelidade partidária. Na próxima semana, a reunião da Executiva Nacional se reunirá e deve selar seu destino na agremiação.
Se for expulso, Sabino poderá levar consigo ao menos 55% dos membros da regional, segundo levantamento da reportagem. São filiados que trabalharam em cargos na Câmara ou em áreas de influência política dele, como o ministério e órgãos da prefeitura de Belém e do governo do Pará.
Com informações de UOL Notícias


