Nesta segunda-feira, 7, por meio de nota, os governos do Brasil e de outros 15 países, originalmente organizados no chamado Grupo de Lima, as eleições da Venezuela, realizadas neste domingo, 6, carecem de legalidade e legitimidade e aconteceram sem garantias mínimas de um processo democrático.
O texto foi assinado por Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Santa Lúcia.
Conforme os países, as eleições venezuelanas não tiveram garantia “de liberdade, segurança e transparência” e aconteceram “sem integridade dos votos, participação de todas as forças políticas ou observação internacional”.
“Exortamos a comunidade internacional a se unir na rejeição a essas eleições fraudulentas e a apoiar os esforços para a recuperação da democracia, do respeito pelos direitos humanos e do Estado de Direito na Venezuela”, diz o texto.
O resultado da eleição parlamentar no país deu ao presidente Nicolás Maduro o retorno do controle sobre o Congresso venezuelano, perdido para a oposição em 2015. A aliança de Maduro venceu com 67,6% dos votos, mas apenas 31% dos eleitores foram às urnas.
A oposição comandou um boicote às eleições, chamando os venezuelanos para um consulta popular de 12 de dezembro para rejeitar os resultados do pleito e pedir uma mudança de governo.
Conteúdo: Reuters
Foto: REUTERS/Manaure Quintero