O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi vaiado nesta quarta-feira, 3, por parlamentares durante a abertura dos trabalhos legislativos no Congresso Nacional. Após o Hino Nacional e antes do discurso do Executivo, os integrantes da casa gritaram pelo seu afastamento e contra a postura do Executivo sobre a pandemia do coronavírus. Em resposta, ele desafiou os colegas: “nos encontramos em 2022”.
“Muitos debates entre nós, muitas ideias divergentes, mas sempre respeito a qualquer autoridade que porventura estivesse presente neste momento”, completou. Enquanto isso, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) novo presidente do Senado, pedia respeito no plenário.
Antes de discursar, Bolsonaro ainda foi chamado de “fascista” e “genocida” por parlamentares da oposição, enquanto aliados gritavam “mito”.
Em sua fala, o presidente ressaltou as medidas do governo de proteção ao novo coronavírus. “O governo federal adotou premissas básicas para salvar vidas e proteger empregos. Com base nessas premissas e com olhar aos vulneráveis, governo foi mobilizado para atuação coordenada e efetiva e todos passaram a direcionar esforços ao combate ao vírus e proteção as pessoas”, disse.
Ontem, pelo 12º dia consecutivo, o Brasil apresentou média móvel de mortes por covid-19 acima de mil.
O presidente ainda garantiu que o governo está se “estruturado em termos financeiros e logísticos para a vacina da covid”, reforçando a importância da Anvisa para certificação da vacina e citou o investimento de R$ 20 bilhões de reais para aquisição das imunizações.
Bolsonaro também destacou o auxílio emergencial e medidas econômicas, como “taxa básica de juros resumida a 2% ao ano”, o “Pix”, do qual chamou de “ideia inovadora”, a implementação da carteira digital e a extensão da CNH para 10 anos.
Esta é a primeira vez que Bolsonaro vai ao Congresso desde o primeiro ano do mandato. Ele aproveitou a oportunidade para alfinetar os governos petistas comparando seu mandato com os anteriores. “Entregamos mais títulos de propriedades rural nesses 2 primeiros anos do que nos 14 anos do governo anterior”, alfinetou, ao ressaltar a importância do agronegócio ao Brasil.
Conteúdo: UOL
Foto: Cleia Viana/Câmara