O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) utilizou sua transmissão semanal em suas redes sociais, nessa quinta-feira, 11, para, mais uma vez, se posicionar contra medidas de isolamento social, como o fechamento do comércio não-essencial e o toque de recolher. Bolsonaro pediu apoio contra o lockdown e chegou a ler uma suposta carta de suicídio.
Em um determinado momento da transmissão, Bolsonaro pegou uma carta que teria sido escrita por um feirante de Salvador. O presidente leu na íntegra e disse que teria sido endereçada para a mãe do trabalhador. “Estamos tendo casos de suicídio durante o lockdown. Tivemos um trabalhador que pulou de uma ponte em Fortaleza e um que deixou uma carta, que vou ler”, disse, antes de citar tudo o que estava escrito.
Em boa parte da transmissão, Bolsonaro atacou governadores que estão adotando medidas rigorosas de isolamento social para tentar conter os números da COVID-19 nos estados, como o fechamento do comércio não-essencial e toque de recolher. O presidente chegou a “convidar” chefes do Executivo estadual para irem às ruas e, mais uma vez, pediu para que brasileiros fossem ao trabalho.
“Devemos fazer uma campanha para o idoso ficar em casa, de quem tem doenças e comorbidades ficar em casa, e o resto toma as medidas que estão sendo usadas no momento e vamos para o “trampo”. Trabalhar, pô”, afirmou.
Bolsonaro chegou a pedir apoio da população para lutar contra medidas rigorosas de isolamento social. “Quanto mais atiram em mim de forma covarde por parte da sociedade, mais você está enfraquecendo quem pode resolver a situação. Como é que eu posso resolver a situação? Eu tenho que ter o apoio”, concluiu.
O Brasil registrou, pelo segundo dia seguido, mais de 2 mil mortes decorrentes da COVID-19 em apenas 24 horas. Foram 2.233 novas vítimas da doença no país e 75.412 novos casos confirmados. Na quarta-feira, 10, o Brasil bateu recorde de fatalidades em 24 horas, com 2.286.
Conteúdo Estado de Minas
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