Em seu segundo dia de depoimento à CPI da Pandemia, o ex-ministo da Saúde, Eduardo Pazuello disse que a responsabilidade de monitoramento do estoque de oxigênio não era o foco da Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas.
O general foi questionado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre as razões que levaram o estado a entrar em colapso após a falta de insumos aos pacientes da covid-19.
“Gostaria de fazer um pequeno voo de volta a dezembro, só para poder contextualizar uma resposta como essa. Fica claro para mim que a preocupação com o acompanhamento do oxigênio não era um foco da Secretaria de Saúde do Amazonas, porque não focou oxigênio e ficou focado em outras coisas. Isso lá em dezembro ainda. No próprio plano de contingência apresentado para nós, não tinha nada sobre oxigênio”, disse.
‘Desculpas’
Sobre ter sido visto em um shopping de Manaus sem o uso de máscara, Pazuello pediu desculpas pelo ocorrido explicando que foi apenas deixar a filha no local. Ele teria pedido, então, autorização para uma funcionária do shopping para entrar e comprar a máscara em um quiosque, que, segundo ele, fica a oito metros da entrada.
“Nesse circuito, fui fotografado.” Ele acabou pedindo desculpas e disse que o caso ganhou repercussão, “porque virei uma pessoa pública”.
“Peço desculpas.”
‘TrateCov foi hackeado’
Pazuello afirmou que o aplicativo TrateCov foi hackeado após ter sido implementado em janeiro do ano passado.
“Mas ele acabou sendo descontinuado. Ele nunca foi utilizado por qualquer médico”, disse Pazuello.
“Essa plataforma deveria ser tratamento foi hackeada. Foi manipulada no estado do Amazonas. No dia em que ele foi hackeado, eu decidi tirar ele do ar imediatamente”, afirmou o ex-ministro.
“O hacker é tão bom que ele conseguiu botar uma matéria na TV Brasil”, rebateu o relator da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM).
Conteúdo: UOL/ O Antagonista
Foto: Gabriela Biló/ Estadão