O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e repudiou a aglomeração causada por ele no Rio de Janeiro, no último domingo, 23. Para o deputado, o presidente fez tudo errado, negou a pandemia e seguiu o caminho da cloroquina.
“O Brasil, ontem, bateu a marca de 450 mil mortes. É lamentável que tenhamos chegado a segunda maior marca no mundo. O país fez tudo errado. Negou a pandemia, disse ‘não’ para a vacina, demorou a comprar vacina e enveredou pelo caminho da cloroquina que é ineficaz”, analisou o parlamentar.
“As medidas são o uso de máscara, higienização das mãos, álcool em gel, distanciamento social. Porém, o presidente da República, acompanhado do ex-ministro e general Pazuello, descumprindo todas as regras, participou de uma manifestação política que causou aglomeração”, salientou. “Obviamente essa aglomeração põe em risco muita gente. Eu devo repudiar esta postura, pois o governo brasileiro continua fazendo tudo errado. Por este caminho não vamos superar. Nós precisamos de mais vacinas e não de afronta a ciência”, completou Corrêa.
O parlamentar ainda falou da depoente desta terça-feira, 25, da CPI da Pandemia, Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina”.
“Quando precisávamos de oxigênio, ela veio a Manaus e disse que o nosso problema era que não estávamos fazendo o tratamento precoce com cloroquina. O resultado foi desastroso com milhares de mortes”, contou o parlamentar repudiando as atitudes de Bolsonaro, Pazuello e Pinheiro.
“Ela induziu milhões de brasileiros ao erro de achar que com cloroquina está cuidando da sua saúde em relação à Covid-19. Se estiver com malária, estará se cuidando”, disse.
Vacinas
O parlamentar também falou que o Amazonas precisa gerenciar melhor suas vacinas. “Manaus recebeu 750 mil, aplicou 620 mil. O interior recebeu 1, 250 milhão e aplicou 500 mil. Tem um estoque de 750 mil. “, explicou o deputado.
“É preciso, na divisão das próximas doses, dar mais para Manaus enquanto o interior aplica o que tem em estoque”, finalizou Serafim Corrêa.
Priscila Rosas, para O Poder
Foto: Danilo Mello/Aleam