O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado Josué Neto (PRTB), saiu em defesa da CPI da Saúde na sessão virtual desta quinta-feira, 18, e afirmou que ao contrário de outras CPIs que já tiveram na casa, essa não vai terminar em “pizza”.
Ele se manifestou depois que os deputados Felipe Souza (Patriota) e Alessandra Campêlo (MDB) haviam se pronunciado, questionando a legalidade da CPI que está suspensa pela Justiça devido a irregularidades formação dos componentes.
Neto adiantou que tanto o presidente da CPI, deputado Péricles (PSL) quanto a Procuradoria-Geral da Aleam, vão entrar com os recursos necessários de forma a derrubar a liminar e a investigação seguir o curso.
“A CPI está trabalhando e todo mundo percebeu que não vai terminar em pizza. O povo do Amazonas está acompanhando e apoiando a forma como a comissão está trabalhando”, afirmou.
‘Não tem como abafar’, diz Serafim
Membro titular do colegiado, Serafim Corrêa (PSB) afirmou que a comissão está fazendo um excelente trabalho e praticamente em uma semana descobriu o esquema irregular da saúde e por isso está incomodando muita gente.
“Quero dizer aos colegas que o trabalho da CPI é sério. O que nós já conseguimos apurar não tem como ser barrado na Justiça. São fatos tão relevantes, tão assustadores e tem a parte que todos já sabem, mas tem a parte que só quem sabe é quem está na CPI. Então o que já foi acumulado na CPI não tem como abafar”, disparou.
Serafim disse ainda que as investigações da CPI vão dar uma “confusão” muito grande. O parlamentar citou o ministro do STJ, Francisco Falcão que na sua avaliação foi desrespeitado, afrontado pelo Ministério Público local.
“Ele (ministro) disse o seguinte parou tudo é só quem trata desse assunto é a Procurador Geral da Republica e eu e mais ninguém. O inquérito é sob minha presidência. E o Ministério Público do Estado do Amazonas faz uma operação (Apneia) faz de conta e ficou todo mundo calado. Um jogo combinado com o governo do Estado pra passar um atestado de boa conduta para o governador”, disse.
Serafim aproveitou sua intervenção e disse à Alessandra Campêlo (MDB), que a CPI não está fazendo nada errada e, que, ao contrário do MP-AM, que teve 45 dias e não viu nada, a CPI conseguiu em uma semana. “Chegamos ao banqueiro da operação, agora falta chegar nos beneficiados. Isso talvez tenha causado um rebuliço nos gabinetes importantes do Executivo amazonense”, alfinetou.
‘Sentimento de culpa’
Felipe Souza voltou a se defender dizendo que não queria suspender a CPI e que entrou com o mandado de segurança no dia 2 de junho e não anteontem como vem sendo acusado nas redes sociais.
“Deputado Serafim não estou fazendo nenhum questionamento em relação a atuação da CPI. O que já foi apurado parabéns estou de acordo. A questão de entrarmos Já justiça e para que se corrija o que foi feito de forma errada. Para que amanhã ela não venha ser protestada na justiça e os seus atos seja invalidada por erros”, finalizou.
O Poder entrou em contato com a assessoria do MP-AM via e-mail da instituição para repercutir as declarações de Serafim, mas até momento não obteve resposta.
Augusto Costa, para O Poder
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