Um dos filhos do empresário Nilton Lins recebeu a tiros servidores da Polícia Federal (PF), da Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF), na manhã desta quarta-feira, 2, durante a quarta fase da operação Sangria. A ação investiga suspeita de desvios de recursos para enfrentamento da Covid-19.
A informação foi confirmada durante sessão plenária do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por meio da subprocuradora do Ministério Público Federal (MPF), Lindora Maria Araújo, que considerou a operação constrangedora e perigosa, após o acontecimento na casa da família Nilton Lins.
“Foi a primeira vez que em 30 anos vejo alguém receber os agentes em busca e apreensão a base de tiros”, disse Lindora.
Lindora Maria Araújo informou, ainda, que o secretário de Saúde, Marcellus Campêlo é considerado foragido da Justiça.
“Nós já temos duas denúncias contra o governador do Amazonas e outros réus”, disse a subprocuradora.
O presidente da Corte, Humberto Martins, ressaltou que questões relacionadas à Justiça devem ser resolvidas por meio de recurso e meios próprios, não com violência.
“Lamentamos e ficamos tristes, mas, com toda certeza, o poder judiciário e o relator, ministro Francisco Falcão, deverá tomar as providências de forma sempre rígida”, disse o ministro.
Henderson Martins, para O Poder
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