novembro 25, 2024 14:28

Oposição e base na Aleam se ‘estranham’ ao repercutirem pagamento de parte do décimo pelo Estado

O pagamento antecipado da primeira parcela do 13º salário pelo governo do Estado que acontece nesta quinta, 25, e sexta, 26, para 113 mil servidores que vai injetar R$ 220 milhões na economia, exaltado no discurso do deputado Belarmino Lins (PP) repercutiu na sessão virtual desta quinta-feira, 25, na Assembleia Legislativa do Estado Amazonas (Aleam), e gerou polêmicas com embates entre os deputados da base governista e a oposição.

No momento em que Belão parabenizava o governador Wilson Lima (PSC) por “honrar” o compromisso de antecipar benefício e garantir o pagamento da folha dos servidores estaduais até o fim do ano, começaram os apartes de críticas e a favor.

“Além de contemplar 113 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas do Estado, o governador Wilson Lima injeta R$ 220 milhões que aquecerão a economia do Amazonas nos próximos dias”, destacou.

Num aparte, o oposicionista Wilker Barreto (Podemos) criticou o discurso de Belão dizendo que não tinha lembrança na historia do Amazonas de governador comemorando e nem soltando foguete por pagamento de 13º salário.

“Não tenho notícia disso é uma coisa tão clichê, tão natural que ninguém levantava troféu. E fica mais grave quando vejo que o governador anuncia o pagamento do 13º com R$ 4 bilhões em caixa e não entendo porque os terceirizados da saúde estão com o pagamento em atraso, servidores do (hospital) Francisca Mendes estão em atraso os seus salários. Isso pra mim, Belarmino, seria um prêmio se fosse um somatório de contexto de gestão com todos os pagamentos em dias. Então esse discurso não me entra como economista”, alfinetou.

Serafim Corrêa (PSB) também foi na esteira do colega e disse que em abril o governador (Wilson Lima) fez uma declaração que ele acredita que dever ter sido induzido ao erro pela sua assessoria quando disse que não tinha dinheiro para pagar o mês de maio. E que na época ele mostrou que ao contrário do discurso de falta de recursos, a arrecadação vinha crescendo.

“Mostrei que ele tinha em 30 de abril R$ 4,117 bilhões em caixa. Talvez o governo nem soubesse, a Sefaz sabia. Hoje qual é a situação estamos no dia 25 e ainda faltam cinco dias para a arrecadação fazer um comparativo de 1º de janeiro a 30 de junho. Nesse mesmo período de 2019, arrecadou R$ 8,782 bilhões. De 1º de janeiro a 25 de junho de 2020, faltando cinco dias, já arrecadou R$ 9,279 bilhões, portando R$ 497 milhões a mais em comparação com o ano anterior. O Estado tem uma situação privilegiada em comparação a outros Estados. O problema do Estado está do lado das despesas, a receita vai muito bem obrigado” afirmou.

Governistas reagem

A vice-presidente da Aleam, deputada Alessandra Campêlo (MDB), saiu em defesa do governo e afirmou que, embora seja uma obrigação do Estado que administra o recurso da população de fazer o pagamento, a economia vive um ano de incertezas. E que senão fosse a ajuda do governo federal realmente teria um déficit no final do ano.

“A gente fez a tarefa de casa e está pagando o 13º salário e é bom lembrar também que são R$ 220 milhões agora entre hoje e amanhã e mais R$ 400 milhões da folha de pagamento. Então, em uma semana são mais de R$ 600 milhões colocado nas mãos das pessoas e isso é importante. Não somente para quem recebe, mas especialmente para o comércio e áreas de serviços que vão ter esse dinheiro circulando na cidade no momento de reabertura do comércio onde todos estão tentando manter os seus negócios”, analisou.

A parlamentar não poupou críticas aos deputados da oposição, ao se referir a questão dos recursos de mais de R$ 3 bilhões que segundo a oposição estavam em caixa e disponível no final do ano de 2019. “O que mais me incomoda é pessoas que sabem que não estão falando a verdade insistem em dizer que esse dinheiro estava todo disponível para o Estado e não estava. Tem convênios federais, empréstimos que não podem ser usados em outras áreas que não seja para qual foi contratado. A gente tem que falar aqui o que é liquido e o que é bruto. As críticas são válidas quando informamos, mas não se pode dar uma informação pela metade maldosa que confunde a cabeça da população”, alfinetou.

 

 

Augusto Costa, para o Poder

Foto: Divulgação

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