Roraima – O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Soldado Sampaio (PCdoB), pretende gastar quase R$ 810 mil com a contratação de uma empresa especializada em locação de equipamento de sonorização (áudio e vídeo) sob a justificativa de “atender às demandas diárias do plenário e demais setores da Casa Legislativa”.
As informações constam no edital nº 03/2021, disponível no Portal da Transparência da ALE-RR. A abertura do certame ocorreu no dia 8 de junho, às 8h30, na sala de reunião da Superintendência de Compras e Serviços (SCS) da assembleia. A licitação é na modalidade pregão, na forma presencial, do tipo menor preço.
No edital, é justificada a necessidade dos equipamentos de som tendo em vista as sessões diárias no plenário da ALE-RR. No entanto, desde o início de 2020, quando a Casa passou a adotar protocolos de segurança contra a Covid-19, as sessões passaram a ocorrer apenas em um dia na semana e de forma híbrida.
“Visando à transparência e clareza das ações e decisões desenvolvidas nas sessões diárias do plenário da Assembleia Legislativa, faz-se necessária a estruturação com equipamentos de sonorização e transmissão de vídeos para a adequação dos eventos realizados, uma vez que, é de primordial importância, o repasse de informações diárias à população”, destaca trecho do edital.
Ainda de acordo com o edital, a qualidade das transmissões é um fator importante e, com o uso de tecnologias mais modernas, poderá haver a transmissão simultânea das sessões. O texto destaca que atualmente a geração e reprodução de áudio usada na ALE-RR é de tecnologia ultrapassada e, em alguns casos, chega a inviabilizar a manutenção, dificultando, desta forma, o decorrer das sessões.
A vigência do contrato será de 12 meses, passando a contar da data da assinatura. O valor exato da licitação é de R$ 809.897,76, quantia que deve a ser paga a empresa no período de um ano.
Sem respostas
O Poder entrou em contato com a Assembleia Legislativa de Roraima para questionar se os equipamentos atuais da Casa não suprem às demandas, se houve estudo para avaliar a viabilidade de comprar ao invés de alugar e quando as sessões voltam ao normal, mas não obteve respostas até a publicação da matéria.
Anderson Soares, para O Poder
Foto: Divulgação SupCom ALE-RR