Em decorrência da pressão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para que vete o Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões, acrescentado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada pelo Congresso na última quinta-feira, deputados e senadores discutem quais caminhos podem ser adotados nas negociações com o governo. Possibilidades como reduzir o valor para R$ 4 bilhões já foi cogitada.
Para o Poder360, líderes de partidos do Centrão informam que o presidente só decidirá sobre o veto próximo do fim do prazo de 15 dias para sancionar a LDO. Com isso, as negociações devem ficar intensas perto do retorno dos congressistas após o recesso legislativo, que encerra em 1º de agosto.
Vale lembrar que no começo da semana Bolsonaro disse que vai vetar o fundo justamente por considerar o valor “astronômico”.
“Mais R$ 6 bilhões para fazer campanha eleitoral. Imagina nas mãos do ministro Tarcísio [de Freitas, da Infraestrutura] o que poderia ser feito com esse dinheiro”, afirmou em entrevista à TV Brasil. “No meu entender [o dinheiro], estaria sendo desperdiçado, caso fosse sancionado. E eu posso garantir para você que não será sancionado”, disse.
O texto da LDO aprovado pelo Congresso permite que o presidente vete somente o trecho que determina o Fundo Eleitoral. Em razão disso, mesmo com o veto, um novo valor pode ser negociado.
Pacheco fala em discussão ‘justa’
Em entrevista à GloboNews, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que o Congresso pode debater sobre o fundo de “maneira justa”.
“Talvez nós tenhamos que nos debruçar para quantificar quando custa uma campanha, para que não fique a impressão sobre os parâmetros desarrazoáveis da LDO”, declarou. “O Congresso não se furtará a critérios que podem quantificar de maneira justa o financiamento de campanhas”, completou sinalizando uma negociação.
Conteúdo: Poder360 e TNOline.
Foto: Agência Brasil