Roraima – Sem investimentos do governo de Roraima, alunos da Escola Estadual Indígena Jones José Ingaricó, localizada no município de Uiramutã, sofrem com a precariedade de uma estrutura improvisada. Segundo denúncia, a escola não tem sede padrão entregue pelo Estado.
Cansada de esperar por melhorias por parte do governo, a professora Mari Willams decidiu cobrar uma atitude do governador Antonio Denarium. A educadora contou a O Poder que a escola precisa de várias melhorias urgentes, como a reforma, centrais de ar ou até mesmo ventiladores.
Segundo Mari, a unidade de ensino é a única na região e fica localizada em uma região de difícil acesso, na comunidade Serra do Sol. Os cerca de 180 alunos, que são atendidos pela unidade, são submetidos a estudar em condições precárias. São cadeiras quebradas, sem o braço de apoio, no calor e no chão de terra batida.
“Governo de Roraima, olhe para as condições de nossos alunos ingaricós. Precisamos de uma infraestrutura e escola de qualidade”, desabafou a professora.
Transporte
Além da estrutura da escola depredada, a professora destacou que os alunos também precisam de ajuda para chegar até a unidade de ensino, pois muitos precisam atravessar o rio e não há canoas para atender todos.
O que diz o governo
Em nota, a Secretaria de Educação e Desporto informou que o Governo do Estado está buscando recursos para a revitalização das escolas indígenas, com recursos próprios e de emenda parlamentar. E a Escola Estadual Indígena Joaquim Jones José Ingarikó, localizada na Comunidade Indígena Serra do Sol, será contemplada.
“A unidade atende 179 estudantes do Ensino Fundamental e EJA (Educação de Jovens e Adultos) e foi instituída em agosto de 1977 e que até os dias atuais, não possui prédio próprio. Informa que a gestão está trabalhando para mudar essa realidade”, conclui a nota.
Anderson Soares, para O Poder
Foto: Divulgação